1 A fé renovadora é a bênção da vida em todos os campos da natureza.
2 Confia a semente na força que lhe flui dos recursos próprios e, rompendo o envoltório que a constringe, converte-se em árvore generosa.
3 Confia a flor na energia solar que lhe submete a contextura a rudes metamorfoses e, renunciando à própria beleza, transforma-se em fruto.
4 Confia a fonte no impulso que lhe convoca as águas à grandeza do mar e, vencendo, muita vez, charcos e abismos, reúne-se ao rio que lhe acalma a aflição no colo do oceano.
5 Confia o barro humilde nos projetos do oleiro e, suportando a rija tensão do fogo, ressurge em vaso nobre.
6 A semente, porém, conformou-se à soledade, para fazer-se o apoio da floresta.
7 A flor resignou-se a perder o aroma e a frescura para manter o pão.
8 A fonte suportou o crivo do solo, vencendo lodo e areia para atingir a grande serenidade.
9 E o barro tolerou queimaduras atrozes para erguer-se em obra prima.
10 Esperança inativa é sonho morto. n
11 “Pregai vossa fé pelo exemplo” ( † ) diz-nos a palavra do Alto, trazida à nossa rota.
12 Eis porque, se nos propomos algum dia a luzir no celeiro da Infinita Bondade, necessário se faz saibamos estender a luz que o Cristo nos deu às almas, aprendendo a sofrer para resgatar, a servir para iluminar, a suportar para burilar e também a morrer pelo bem para realmente viver com a Imortalidade.
Emmanuel
(Anuário Espírita 1987)
[1] NOTA: O texto do indicador 10 foi omitido neste livro impresso, mas consta desta mesma mensagem no “Anuário Espírita”.