O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Entender conversando — Emmanuel


Capítulo 12

Arte e Espiritismo n

138 — FESTIVAL DE MÚSICA ESPÍRITA


P. — Chico, realizamos no dia 24 de janeiro, do ano em curso, o I Festival de Música Espírita de Uberaba. O que você acha da iniciativa?

R. Baccelli, creio que as autoridades que orientam as iniciativas da Doutrina Espírita, no País, poderão ser consultadas sobre o assunto.

Quanto a mim, na condição de companheiro, desvalido de qualquer merecimento para opinar nos empreendimentos doutrinários, francamente me rejubilo com todas as realizações enobrecedoras que nos fazem sentir o caráter evolutivo da Doutrina que abraçamos. Um festival de música — espírita — a meu ver, é uma demonstração de vitalidade e progresso do nosso movimento renovador.


139 — INFLUÊNCIA NO CAMPO ARTÍSTICO


P. — O Espiritismo teria também alguma tarefa no campo da Arte?

R. Indubitavelmente. Vemos o Espiritismo influenciando, não apenas no campo da Arte, mas em quase todos os setores da inteligência humana.


140 — PROMOÇÕES ARTÍSTICAS NO TEMPLO ESPÍRITA


P. — O recinto de um templo espírita será adequado à realização de promoções artísticas, de caráter espírita, não obstante algumas manifestações ruidosas por parte dos jovens?

R. Ainda aqui, ante a sua indagação compreensível, os órgãos de orientação doutrinária devem ser ouvidos.

Compreendo, no entanto, de mim para comigo, que a sala de um templo espírita pode ser utilizada, em dia ou noite predeterminados para a realização de semelhantes concursos artísticos, que desenvolvem nos irmãos mais jovens as melhores qualidades de inspiração. Não vejo inconveniência na alegria dos temperamentos juvenis, em tais ocasiões. Para mim, esses ruídos da confraternização de gente moça, indica a interesse da juventude pela Doutrina, que se manifesta com a mesma descontração e simplicidade dos grandes grupos de crianças, quando reunidos, por exemplo, com as mais justas razões, para a recepção de passes e outros tipos de assistência espiritual.


141 — REVELADORA DE BÊNÇÃOS


P. — Que paralelo você traçaria entre o Espiritismo e a Arte?

R. Tenho a Doutrina Espírita por fonte de bênçãos incessantes. A Arte, por isso mesmo, pode e deve traduzir as bênçãos a que nos reportamos, com grande vantagem na divulgação dos nossos princípios e ideais.


142 — OS JOVENS E A ARTE


P. — Chico, qual a fórmula ideal para vincular o jovem à tarefa espírita? Muitas vezes, o jovem não se adapta às reuniões de estudos da Mocidade Espírita. A Arte, os encontros festivos, seria uma saída?

R. Os empreendimentos artísticos, em nosso modo de pensar, são convites e apelos benéficos para quantos se aproximem das lições doutrinárias, no sentido de se lhes assimilar a verdade e a beleza; entretanto, cremos que só a preparação da criança, a partir dos primeiros meses de idade, será suscetível de auxiliar mais cedo o Espírito reencarnado na aceitação das realidades que a Doutrina Espírita enfeixa no seu próprio contexto de ensinamentos superiores.


143 — CONCEPÇÃO ESPÍRITA DE ARTE


P. — Qual seria a concepção espírita de Arte?

R. Grandes temas estão aí, desafiando a mente dos artistas a que colaborem na sementeira dos princípios espíritas-cristãos, a benefício da vida comunitária.

Segundo pensamos, a comunicação dos Espíritos desencarnados e as ocorrências da reencarnação constituem assuntos sempre atuais e palpitantes, apelando para que eles nos auxiliem a adquirir mais elevada compreensão da própria vida.


144 — TEATRO E NOVELAS DE TELEVISÃO


P. — O teatro seria um bom veículo de divulgação do Espiritismo? Deve ser incentivado?

R. O teatro sempre foi e continua sendo alto e nobre instrumento para a exposição de ideias e sugestões, capaz de servir, com segurança e beleza, às construções espirituais da Doutrina Espírita.

As novelas da televisão, quando apresentam esta ou aquela nota referente aos princípios espíritas, são exemplo disto.


Francisco Cândido Xavier

Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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