1 A unificação espiritualista constitui problema credor da mais legítima cooperação de quantos colaboram nas obras da verdade e do bem no Plano espiritual.
2 Difícil padronizar a interpretação, de vez que ninguém pode trair o degrau evolutivo que lhe é próprio.
3 Cada aprendiz da realidade universal verá de acordo com as dimensões de sua janela; ouvirá, segundo a acústica, instalada por si mesmo no santuário interior; e compreenderá, na medida de suas realizações e experiências.
4 Entretanto, nosso problema de união, ao que parece, não se relaciona com a exegese.
5 É questão de fraternidade sentida e vivida, portas a dentro da organização doutrinária, para que as obras não se esterilizem, à mingua de fé e para que a fé não pereça sem obras.
6 Trata-se de avançado cometimento da boa vontade de cada companheiro na construção do edifício coletivo do bem geral.
7 Serviço de compreensão elevada, em que para unir, em Cristo, não podemos prescindir da renúncia cristã, aprendendo a ceder com proveito, no esforço de todos, com todos e para todos em favor da vida melhor.
8 Para isso, cremos, não é necessário invocar a interpretação que sempre define “um estado de conhecimento”, sem representar a sabedoria, e nem se reclamará o concurso da política humana que constitui “uma expressão transitória de poder”, sem consubstanciar a autoridade em si mesma.
9 Apelaremos, sim, para as qualidades superiores do espírito, recorreremos à zona sublime da consciência, onde os valores religiosos acendem a verdadeira luz.
10 Razoável que os orientadores encarnados tracem programas construtivos para a feição externa do serviço a fazer.
11 Em tempo algum, dispensaremos a ordem, o método e a disciplina, no templo da elevação, como forças controladoras da inteligência.
12 Nós outros, conclamaremos o homem interno e mobilizaremos as energias do ideal, falando ao coração.
13 Reunamo-nos no campo da fraternidade edificante.
14 Não teremos Espiritismo unido sem que nos unamos.
15 Debalde ensinaremos amor sem nos amarmos uns aos outros.
16 Não elevaremos a Doutrina sem nos elevarmos.
17 Aprendamos a eliminar as arestas próprias, a fim de que o espírito coletivo paire mais alto, ligando-nos à Divina Inspiração.
18 Unir, para nós, deve ser aprimorar, crescer, iluminar.
19 Aprimoremo-nos, apresentando mais dócil instrumentalidade aos mensageiros da Vida Mais Alta.
20 Cresçamos em conhecimento e superioridade sentimental.
21 Iluminemo-nos na Esfera individual, penetrando o segredo do sacrifício para enriquecimento da vida imortal.
22 Em seguida, a união frutificará, em nossos círculos de trabalho qual a espiga substanciosa que premia a sementeira.
23 Organizemos por fora, aperfeiçoando por dentro.
24 Então, chegaremos sem atritos mais ásperos à aquisição de nossa unidade com o Cristo, na mesma convicção que lhe engrandeceu o verbo, quando assegurou: “Eu e meu Pai somos um.” ( † )
Emmanuel