O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Doutrina e vida — Autores diversos


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Doutrina e aplicação

1 Filhos, o Senhor nos abençoe.

2 Somos defrontados hoje por impositivos da fé que realmente se nos mostram por obrigações de caráter inadiável.


3 Achamo-nos, sem dúvida, à frente de um mundo — nossa casa — atravancado de problemas que a nós outros compete resolver.

4 Lutas, conflitos, dificuldades, desafios de variada espécie nos convocam à divulgação da Doutrina de Amor e Luz, a cujo engrandecimento estamos convocados, cada qual de nós na posição em que se encontra.


5 Por isso mesmo, já que estudais a virtude, reflitamos na expansão dos princípios espíritas evangélicos como sendo a demonstração generalizada e simples da virtude do Cristianismo Redivivo no Espiritismo, a porta libertadora de nossos corações no rumo da emancipação com o Cristo de Deus.


6 Entretanto, filhos, a divulgação a que nos reportamos será, sim, a da exposição verbal de nossas teses edificantes mas sobretudo a prática dos ensinamentos a que se nos afeiçoam ideia e coração.

7 Acrescentemos Espiritismo às nossas atividades cotidianas.

8 Mais amor no exercício de nossos deveres, mais luz em nossa palavra.


9 Em casa, aditemos Doutrina às nossas mínimas atitudes, a fim de que o lar se nos mantenha por santuário bendito do aperfeiçoamento espiritual a que nos empenhamos e, 10 em nossos grupos de serviço, apliquemos Doutrina em nossos gestos mais obscuros, de vez que no instituto doméstico e em nossa equipe de trabalho é que surpreendemos os mais difíceis problemas de ordem espiritual para a iluminação do futuro.

11 Isso porque é no ambiente mais íntimo da experiência terrestre que acolhemos os laços mais sublimes do amor e os elos mais aflitivos das aversões que nós mesmos trazemos na bagagem de passadas reencarnações.


12 Do lar e do grupo social, seja esse grupo de caráter idealístico ou afetivo, na ação e na afinidade, é que nos afastamos para a Família Maior — a Humanidade — assim como a embarcação que se retira do cais, em demanda do mar alto.

13 Por esta razão, nessas duas escolas da alma é forçoso adestrar-nos em Doutrina Espírita, a fim de que a travessia da viagem na vida física se faça amparada no êxito necessário.


14 Enfim, traduzamos a nossa fé em trabalho incessante no Bem, desentranhemos as lições de Jesus, milenarmente arquivadas em nossa memória para o trato afetivo com as experiências do dia a dia, auxiliando-nos uns aos outros, através do perdão aprendido e sofrido e da tolerância trabalhada e esculpida no próprio esforço, reconhecendo que o outro é o nosso reflexo.


15 O próximo é o caminho e Jesus é a meta.
Sirvamo-nos.
Ajudemo-nos.

16 Tão somente assim, ofereceremos substância às realizações espíritas-cristãs, à maneira do material que monumentaliza esse ou aquele plano de construção.


17 Atividade, mas não aquela atividade a que os nossos irmãos ainda sediados na rebeldia se referem nos apelos com que conclamam o Mundo à renovação.

18 Esforço em nós mesmos, para que a nossa fé se nos instale definitivamente na vida pessoal para que a felicidade não mais se erija em nós por mito que a desilusão quebra ou destrói.


19 Construamos Doutrina em nós e em nossas próprias existências, dando conta dos encargos que o Senhor nos reservou, tomando a compreensão e a bondade por diretrizes de cada dia.


20 Apenas assim — unicamente assim — faremos a divulgação do Espiritismo por Doutrina Perfeita, a destacar-se de nossas próprias imperfeições, a fim de que pelo trabalho e hoje, venhamos a alcançar com o Divino Mestre, a felicidade indestrutível pela vivência positiva e real da legenda que Ele mesmo, Jesus, nos deu a todas as criaturas na Terra, por divino roteiro indispensável à paz de cada um:
— “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” ( † )


Bezerra de Menezes


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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