28/02/1955
1 Na propaganda espírita, e na extensão do Evangelho, é imperioso atender à tarefa básica que nos cabe cumprir.
2 Ensinaremos a humildade com frases oportunas e bem-feitas, entretanto, se o orgulho ainda mora conosco, toda a nossa conceituação primorosa é simples ruído ao vento.
3 Pregaremos o impositivo da fé mobilizando apontamentos dos grandes instrutores, todavia, se não revelamos confiança em Deus e em nós mesmos o próximo necessitado encontrará em nossa intimidade apenas o sermão precioso e vazio.
4 Encareceremos a obrigação da caridade como exclusivo recurso na sustentação da harmonia entre as criaturas, no entanto, se o egoísmo ainda se oculta na cidadela de nosso Espírito, em vão recorreremos ao socorro da virtude, de vez que a sinceridade não nos clareará o caminho.
5 Demonstraremos com robusta argumentação o valor do trabalho como fator de progresso, contudo, se confiamos nossa vida à rebeldia e à ociosidade, nossos apelos redundarão em pura inutilidade porque a ferrugem de nossa existência contagiará quem nos ouve, gerando perturbação e indisciplina.
6 Somos, assim, em toda parte e em todas as situações defrontados por uma obra essencial, a cuja execução não conseguiremos fugir sem dano grave. Essa obra reside no aprimoramento de nossa própria alma.
7 Somos o problema nevrálgico da salvação terrestre. Sem nossa elevação pessoal, o lar que nos abriga é incapaz de soerguer-se. E sem a reabilitação de nosso templo doméstico estará sempre incompleta a recuperação social que pretendemos efetuar com o Cristo.
8 Acordemos, desse modo, para as exigências da vida eterna. Construamos em nós a humildade e o amor, a fé e serviço! 9 Ao luzeiro do Evangelho a humanidade é a assembleia que nos estuda e examina, esperando-nos o testemunho renovador. 10 Peçamos, pois, ao Cristo, a força precisa para a superação de nossas próprias fraquezas, na convicção de que, aperfeiçoando com sinceridade a nós mesmos, diante do mundo, Jesus, pela redenção da humanidade, fará brilhantemente o resto.
Emmanuel
Nota do Editor: Mensagem psicografada por Chico Xavier no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo | MG.
Essa mensagem foi publicada também em 1996 pela editora CEU com o título “Ensinemos humildade” e é a 11ª lição do
livro “Paz e libertação”