10/03/1948
1 Meus amigos, que a paz do Senhor seja conosco. As palavras do irmão Arthur são oportunas. Precisamos pensar, já que no corpo diretivo das ideias que abraçamos não dispomos, no momento, de quem pense por nós. Esperamos que o novo livro em perspectiva surja oportunamente. 2 E por referir-nos ao assunto, temos um pequeno lembrete: as filhas do nosso amigo e irmão Figner, perplexas, hesitam ante a leitura das páginas paternais. 3 Esperavam que ele não encontrasse, além da morte, outro esforço senão o de transpor a entrada do “Paraíso”. Lembram que o nosso devotado irmão serviu à caridade cristã por mais de quarenta anos sucessivos, como se esse tempo não passasse, ante a Eternidade, de expressão comparável a alguns minutos. 4 O choque, porém, não será pequeno e nem inexpressivo para grande parte dos leitores. Assim, rogamos seja sugerido ao presidente da Federação um posfácio, à guisa de nota explicativa, sobre o amplo serviço que nos compete a todos no esforço de espiritualização e iluminação, de existência a existência. 5 Semelhante serviço, entretanto, deverá ser prestado por um dos companheiros encarnados, porque se nós o fizéssemos, deste lado, poderia ser interpretado na categoria de repreensão e crítica ao nosso prezado Figner. Pensando desta maneira, abstive-me do prefácio, mas noto que o nosso devotado irmão e amigo não deve sair assim, tão sozinho, perante a opinião geral. Fica de pé a lembrança. Rogando ao Senhor nos abençoe, sou o amigo e servo humilde,
Emmanuel