12/12/1945
1 Meus amigos, que as forças divinas nos concedam luz e paz, com saúde para a execução da Divina Vontade. 2 Encontrando-se o livro de André Luiz em vias de término, poderemos comentá-lo com amigos como se estivesse sendo agora recebido, não sendo conveniente alegar a fase de acabamento para despertar menos animosidade. 3 E caso recebam a visita de nossos irmãos de costume, será prudente não possibilitar-lhes a leitura. São demasiadamente entusiastas e, por vezes, a alegria excessiva complica. Porquanto, enquanto um trabalho não atingiu a fase final muitas modificações podem sobrevir. 4 Estimamos naturalmente o entusiasmo e a alegria, mas no tempo próprio. A videira fornece no Evangelho símbolo de vida eterna a Jesus nos ensinamentos de João Evangelista, contudo, é razoável considerar que a mesma vinha que fornece vinho vitalizador pode proporcionar vinho embriagador. Questão dos vinhateiros da Terra. 5 Por falar em alterações, um amigo nos lembrou que o Lázaro Redivivo deveria conter determinada e direta alusão à figura recordada no título, porque, em verdade, há, nos Evangelhos, dois Lázaros que atravessaram os pórticos do sepulcro, prodigalizando os ensinamentos: o Lázaro da parábola do rico ( † ) e o Lázaro de Betânia. ( † ) 6 Fixando no título a figura do irmão de Marta e Maria, lembrarmos ao Irmão X a possibilidade de substituir o prefácio para melhor elucidação ao leitor. n O título, é, de fato, expressivo, mas precisamos dar-lhe consistência e orientação. 7 Enfim, é providência que o Irmão X tomará logo seja possível, ao finalizar-se o livro novo de André Luiz. n Apenas fazemos o aviso preliminar. Que o Pai conceda a todos vós muita saúde, paz e bênçãos, é o voto muito sincero do amigo e servo humilde,
Emmanuel
Notas da Organizadora:
[1] Constou do prefácio a explicação: “Conta-se que Lázaro de Betânia…”.
[2] Em referindo-se ao livro Obreiros da Vida Eterna, publicado em 1946 pela FEB.