O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Chico Xavier inédito — Autores diversos — F. C. Xavier / E. C. Monteiro


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Tarefa de unificação

Esta mensagem foi recebida em 20/02/1951 pelo médium Francisco Cândido Xavier em Pedro Leopoldo, na presença do Dr. Arthur de Vasconcelos Lopes.

Assinou-a o Espírito José Lopes Netto que, quando encarnado, foi também médium clarividente, sonambúlico, psicógrafo, curador e clariaudiente. Orador inspirado e vibrante, já aos 19 anos de idade era chamado a presidir a Federação Espírita do Paraná.

A comunicação transcrita de “O Mundo Espírita” de 17/03/1951 recebeu de Lins Vasconcellos o seguinte comentário: “Peço especial atenção de todos os confrades, suplico mesmo essa atenção, tanto dos que são pela Unificação quanto dos que a combatem ou dela discordam para os termos dessa comunicação imparcialíssima.

“Subscrevo por isso, os seus termos, mesmo porque reconheço, e sempre reconheci a necessidade da colaboração de quantos se interessam pela Unificação dos Espíritas do Brasil e de suas Instituições para apressar o advento da fase em que vão atuar os Grandes Obreiros diante dos quais não sou sequer digno de varrer o caminho.

“Aí fica o meu apelo, sem exclusão de quem quer que seja, para nos irmanarmos todos na Obra do Bem, cancelando queixas e azedumes, para nos lembrarmos, todos, apenas dos deveres espirituais decorrentes da nossa missão na Terra.”


Tarefa de Unificação


1 Meu amigo, paz e luz.

2 Continuemos na tarefa da unificação, embora os percalços com que somos defrontados.

3 Quem se propõe à realização de serviço desta natureza, naturalmente não pode invocar a compreensão imediata. Antes de tudo, é indispensável harmonizar, no entendimento da fraternidade legítima. 4 Vivificar é equilibrar.

5 Entretanto, ninguém ajusta e reajusta, adotando a reprovação sistemática por diretriz de cada dia. O golpe, a censura, a escaramuça, a fermentação palavrosa não auxiliam na obra que pretendemos fazer. 6 A nossa atividade, será, sobretudo, apostólica nos fundamentos, de modo a atingirmos os centros mentais, o cerne das questões ou a profundeza dos acontecimentos, único processo de renovação substancial aconselhável no ministério a que consagramos presentemente a nossa atenção.

7 Não nos achamos à frente de uma edificação mecânica e, sim, de uma sementeira reclamando paciência, dedicação e tempo. Sem que nos apercebamos da grandeza espiritual do assunto, emprestando-lhe as nossas melhores energias, debalde alinharemos observações e críticas que, no fundo, não passarão de vinagres e fel sobre feridas que exigem amparo e bálsamo.

8 Avancemos, despertando os companheiros de ânimo firme e de bondade resoluta, que saibam alçar os padrões evangélicos, acima dos caprichos individuais, em afirmações vivas e seguras de boa vontade. Se o Cristo espera por nós, há milênios, por que violentarmos o próximo, esperando de outros as demonstrações que de nós mesmos, em muitas ocasiões, ainda não podemos dar?

9 Compreendamos, acima de tudo, e os enigmas serão solucionados favoravelmente. Convençamo-nos de que somos os servidores e, conferindo a Jesus o título de Supremo Orientador, aceitemos, para os nossos destinos, os propósitos e desígnios d’Ele em qualquer circunstância, para que sejamos peças afinadas e seguras na máquina da evolução. De outra forma, o nosso ideal pereceria no berço por ausência de instrumentalidade nos grandes momentos da execução. 10 Espiritismo é a nossa oportunidade de vida sob a direção do Mestre e Senhor. Façamos da Bendita Doutrina o campo da nossa prática de fraternidade, serviço, sublimação, entendimento e, inquestionavelmente, estaremos trilhando o caminho da própria Redenção.
Receba um forte abraço do companheiro, irmão e “velho” amigo.


José Lopes Netto


Eduardo Carvalho Monteiro


Texto extraído da 3ª edição desse livro.

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