| 16 de outubro de 1929.
1 Aquele que sofre e necessita é sempre um caminho que o Pai nos oferece para que até Ele possamos nos elevar. 2 É a Terra, pois, um vastíssimo campo de ação para todas as almas, dependendo o seu êxito de bem compreenderem o seu dever, empregando os seus esforços em empresas úteis, que se lhes oferecem em todos os momentos da sua peregrinação planetária.
3 Só o bem é luz! Baseado nessa estupenda verdade, o homem, em vez de buscar pequeninas bagatelas que o tornam um estacionário na grandiosa estrada do progresso, e muitas vezes dolorosos acicates que comprimirão a sua consciência no futuro, buscaria, intrepidamente, na constante prática do bem, a necessária luz que iluminaria os pontos escuros da sua existência!
4 O verdadeiro caminho está, pois, amplamente descoberto para todos os Espíritos; cada um traz consigo os elementos precisos para a vitória esplêndida dos prélios que deseja empreender. 5 Em todos os dias, basta que a sua vontade seja firme, perseverante, e encontrará meios de enveredar pelas maravilhosas sendas que a Deus conduz!
6 O imprescindível é que se procure desligar do marasmo em que se mergulha, criminosamente, em todos os instantes. 7 Alguém sofre? Aliviemo-lo em seus pesares. Ainda que não lhe possamos prodigalizar auxílios materiais, ofertemos-lhe os nossos mais puros afetos, como irmão nosso que é, solidários na sua dor, procurando minorá-la, ainda que para isso nos custe os maiores e mais dolorosos esforços, pois é no sacrifício que se encontra o verdadeiro mérito. 8 Nunca neguemos aquilo que de bom poderia partir de nós. 9 Escutemos sempre aquela voz misteriosa que ressoa em nosso íntimo, concitando-nos à prática do bem, à divulgação da verdade, ao florescer das virtudes, e a nossa existência tornar-se-á em perene caudal de alegrias puras. 10 Neste grande campo de trabalho, que é a Terra, feliz daquele que busca intensificar o seu raio de ação, ofertando aos seus semelhantes os frutos sazonados do bem, pois que será abençoado por Aquele que disse: “Quem der de comer ao faminto e quem vestir o nu é a mim que o fará”. ( † )
F. Xavier