| 1º de agosto de 1929.
1 A harmonia é o amor quase que indefinível que se apodera dos nossos Espíritos maravilhados ao compreenderem o Infinito!
2 A nossa alma, não afeita a emoções dessa natureza, sente então, no âmago do ser, essa vibração ignota e desconhecida, que nos predispõe a um amor por todas as coisas que nos rodeiam e contemplamos extasiados, cheios de profunda admiração, do microscópico grão de areia ao incomensurável oceano, obras perfeitas de Deus, obras-primas da vida, que a ideia rudimentar do homem jamais seria capaz de idealizar!
3 Nesses instantes, de inefável felicidade para nós, quando esquecemos momentaneamente as preocupações terrenas que nos absorvem, mergulhamos o nosso Espírito nessas dúlcidas vibrações, em que as nossas almas participam da alegria maravilhosa, que anda esparsa na natureza, alegria essa que o Excelso Artista do Cosmos depositou em cada átomo de vida e que se infiltra em nosso “eu” como a água purificadora de fonte inexaurível!
4 Os nossos corações pulsam de vida nova e a nossa alma encarcerada na Terra parece alar às regiões eterizadas do Azul, procurando o Criador nestas ânsias sublimes que agitam os seres e os mundos!
5 A harmonia é o equilíbrio perfeito do amor divino, disseminado em todos os viventes que palpitam de vida, em toda a extensão dos sentimentos mais puros!
6 Harmonia! Eis o ritmo maravilhoso do Universo, o contato bendito da criatura com o seu Criador!
F. Xavier