1 Ó vós, que conheceis da vida o travo rude,
Que na boca ostentais os risos vaporosos,
Trazendo o coração em prantos dolorosos,
Eu vos amo e bendigo, ó filhos da virtude!
2 Ó vós, que suportais a dor sem que não mude
Vossa fé divinal nos surtos majestosos,
Que mudais o sofrer em dias bonançosos,
Que fazeis do amargor os cantos do alaúde,
3 Eu vos bendigo, pois, ó filhos da humildade,
Que transbordais amor nas rosas da bondade,
Que trescalais perfumes em flores do sofrer,
4 Sois no mundo os fanais das luzes redentoras,
Sois os grandes heróis das lutas salvadoras,
Que na vida triunfais das dores do dever!
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