“E disse-lhe: Sai de tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar.” — (ATOS, 7.3)
1 Nos círculos da fé, vários candidatos à posição de discípulos de Jesus queixam-se da sistemática oposição dos parentes, com respeito aos princípios que esposaram para as aquisições de ordem religiosa.
2 Nem sempre os laços de sangue reúnem as almas essencialmente afins. 3 Frequentemente, pelas imposições da consanguinidade, grandes inimigos são obrigados ao abraço diuturno, sob o mesmo teto.
4 É razoável sugerir-se uma divisão entre os conceitos de “família” e “parentela”. O primeiro constituiria o símbolo dos laços eternos do amor, o segundo significaria o cadinho de lutas, por vezes acerbas, em que devemos diluir as imperfeições dos sentimentos, fundindo-os na liga divina do amor para a eternidade. 5 A família não seria a parentela, mas a parentela converter-se-ia, mais tarde, nas santas expressões da família.
6 Recordamos tais conceitos, a fim de acordar a vigilância dos companheiros menos avisados.
7 A caminho de Jesus, será útil abandonar a esfera de maledicências e incompreensões da parentela e pautar os atos na execução do dever mais sublime, sem esmorecer na exemplificação, porquanto, assim, o aprendiz fiel estará exortando-a, sem palavras, a participar dos direitos da família maior, que é a de Jesus-Cristo.
Emmanuel