“E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” — Jesus. (LUCAS, 6.46)
1 Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo.
2 Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito. O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz.
3 É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros. Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações diretas. 4 Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas. 5 Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças.
6 Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal. Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam as atividades a que se ajustam.
7 Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus.
8 É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos os templos, para que os discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de atender, sinceramente, às recomendações do seu verbo sublime.
Emmanuel