“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem.” — Paulo. (EFÉSIOS, 4.29)
1 O gosto de conversar retamente e as palestras edificantes caracterizam as relações de legítimo amor fraternal.
2 As almas que se compreendem, nesse ou naquele setor da atividade comum, estimam as conversações afetuosas e sábias, como escrínios vivos de Deus, que permutam, entre si, os valores mais preciosos.
3 A palavra precede todos os movimentos nobres da vida. Tece os ideais do amor, estimula a parte divina, desdobra a civilização, organiza famílias e povos.
4 Jesus legou o Evangelho ao mundo, conversando. E quantos atingem mais elevado plano de manifestação, prezam a palestra amorosa e esclarecedora.
5 Pela perda do gosto de conversar com alguém, pode o homem avaliar se está caindo ou se o amigo estaciona em desvios inesperados.
6 Todavia, além dos que se conservam em posição de superioridade, existem aqueles que desfiguram o dom sagrado do verbo, compelindo-o às maiores torpezas. São os amantes do ridículo, da zombaria, dos falsos costumes. 7 A palavra, porém, é dádiva tão santa que, ainda aí, revela aos ouvintes corretos a qualidade do espírito que a insulta e desfigura, colocando-o, imediatamente, no baixo lugar que lhe compete nos quadros da vida.
8 Conversar é possibilidade sublime. Não relaxes, pois, essa concessão do Altíssimo, porque pela tua conversação serás conhecido.
Emmanuel