“O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram.” — (TIAGO, 5.3)
1 Os sentimentos do homem, nas suas próprias ideias apaixonadas, se dirigidos para o bem, produziriam sempre, em consequência, os mais substanciosos frutos para a obra de Deus. 2 Em quase toda parte, porém, desenvolvem-se ao contrário, impedindo a concretização dos propósitos divinos, com respeito à redenção das criaturas.
3 De modo geral, vemos o amor interpretado tão somente à conta de emoção transitória dos sentidos materiais, 4 a beneficência produzindo perturbação entre dezenas de pessoas para atender a três ou quatro doentes, 5 a fé organizando guerras sectárias, 6 o zelo sagrado da existência criando egoísmo fulminante. 7 Aqui, o perdão fala de dificuldades para expressar-se; 8 ali, a humildade pede a admiração dos outros.
9 Todos os sentimentos que nos foram conferidos por Deus são sagrados. 10 Constituem o ouro e a prata de nossa herança, mas como assevera o apóstolo, deixamos que as dádivas se enferrujassem, no transcurso do tempo.
11 Faz-se necessário trabalhemos, afanosamente, por eliminar a “ferrugem” que nos atacou os tesouros do espírito. 12 Para isso, é indispensável compreendamos no Evangelho a história da renúncia perfeita e do perdão sem obstáculos, a fim de que estejamos caminhando, verdadeiramente, ao encontro do Cristo.
Emmanuel