“E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?” — (1 PEDRO, 3.13)
1 Temer os que praticam o mal é demonstrar que o bem ainda não se nos radicou na alma convenientemente.
2 A interrogação de Pedro reveste-se de enorme sentido.
3 Se existe sólido propósito do bem nos teus caminhos, se és cuidadoso em sua prática, quem mobilizará tamanho poder para anular as edificações de Deus?
4 O problema reside, entretanto, na necessidade de entendimento. Somos ainda incapazes de examinar todos os aspectos de uma questão, todos os contornos de uma paisagem. 5 O que hoje nos parece a felicidade real pode ser amanhã cruel desengano. 6 Nossos desejos humanos modificam-se aos jorros purificadores da fonte evolutiva. 7 Urge, pois, afeiçoarmo-nos à Lei Divina, refletir-lhe os princípios sagrados e submeter-nos aos Superiores Desígnios, trabalhando incessantemente para o bem, onde estivermos.
8 Os melindres pessoais, as falsas necessidades, os preconceitos cristalizados, operam muita vez a cegueira do espírito. 9 Procedem daí imensos desastres para todos os que guardam a intenção de bem fazer, dando ouvidos, porém, ao personalismo inferior.
10 Quem cultiva a obediência ao Pai, no coração, sabe encontrar as oportunidades de construir com o seu amor.
11 Os que alcançam, portanto, a compreensão legítima não podem temer o mal. Nunca se perdem na secura da exigência nem nos desvios do sentimentalismo. 12 Para essas almas, que encontraram no íntimo de si próprias o prazer de servir sem indagar, os insucessos, as provas, as enfermidades e os obstáculos são simplesmente novas decisões das Forças Divinas, relativamente à tarefa que lhes dizem respeito, destinadas a conduzi-las para a vida maior.
Emmanuel