“Senhor, ensina-nos a orar…” — (LUCAS, 11.1)
1 A prece, nos círculos do Cristianismo, caracteriza-se por gradação infinita em suas manifestações, porque existem crentes de todos os matizes nos vários cursos da fé.
2 Os seguidores inquietos reclamam a realização de propósitos inconstantes.
3 Os egoístas exigem a solução de caprichos inferiores.
4 Os ignorantes do bem chegam a rogar o mal para o próximo.
5 Os tristes pedem a solidão com ociosidade.
6 Os desesperados suplicam a morte.
7 Inúmeros beneficiários do Evangelho imploram isso ou aquilo, com alusão à boa marcha dos negócios que lhes interessam a vida física. 8 Em suma, buscam a fuga. Anelam somente a distância da dificuldade, do trabalho, da luta digna.
9 Jesus suporta, paciente, todas as fileiras de candidatos do seu serviço, de sua iluminação, estendendo-lhes mãos benignas, tolerando-lhes as queixas descabidas e as lágrimas inaceitáveis.
10 Todavia, quando aceita alguém no discipulado definitivo, algo acontece no íntimo da alma contemplada pelo Senhor.
11 Cessam as rogativas ruidosas.
12 Acalmam-se os desejos tumultuários.
13 Converte-se a oração em trabalho edificante.
14 O discípulo nada reclama. E o Mestre, respondendo-lhe às orações, modifica-lhe a vontade, todos os dias, alijando-lhe do pensamento os objetivos inferiores.
15 O coração unido a Jesus é um servo alegre e silencioso. Disse-lhe o Mestre: Levanta-te e segue-me. ( † ) E ele ergueu-se e seguiu.
Emmanuel