“Mas entre vós não será assim.” — Jesus. (MARCOS, 10.43)
1 Desde as eras mais remotas, trabalham os agrupamentos religiosos pela obtenção dos favores celestes.
2 Nos tempos mais antigos, recordava-se da Providência tão só nas ocasiões dolorosas e graves. 3 Os crentes ofereciam sacrifícios pela felicidade doméstica, quando a enfermidade lhes invadia a casa; as multidões edificavam templos, em surgindo calamidades públicas.
4 Deus era compreendido apenas através dos dias felizes. A tempestade purificadora pertencia aos gênios perversos.
5 Cristo, porém, inaugurou uma nova época. 6 A humildade foi o seu caminho, o amor e o trabalho o seu exemplo, o martírio a sua palma de vitória. 7 Deixou a compreensão de que, entre os seus discípulos, o princípio de fé jamais será o da conquista fácil de favores do Céu, mas o de esforço ativo pela iluminação própria e pela execução dos desígnios de Deus, através das horas calmas ou tempestuosas da vida.
8 A maior lição do Mestre dos Mestres é a de que ao invés de formularmos votos e sacrifícios convencionais, promessas e ações mecânicas, como a escapar dos deveres que nos competem, constitui-nos obrigação primária entregarmo-nos, humildes, aos sábios imperativos da Providência, submetendo-nos à vontade justa e misericordiosa de Deus, para que sejamos aprimorados em suas mãos.
Emmanuel