“E agora por que te deténs?” — (ATOS, 22.16)
1 Relatando à multidão sua inesquecível experiência às portas de Damasco, o Apóstolo dos gentios conta que, em face da perplexidade que o defrontara, perguntou-lhe Ananias, em advertência fraterna: “E agora por que te deténs?”
2 A interrogação merece meditada por todos os que já receberam convites, apelos, dádivas ou socorros do Plano espiritual.
3 Inumeráveis beneficiários do Evangelho prendem-se a obstáculos de toda sorte na província nebulosa da queixa.
4 Se felicitados pela luz da fé, lastimam não haver conhecido a verdade na juventude ou nos dias de abastança; contudo, na idade madura ou na dificuldade material, sustentam as mesmas tendências inferiores que lhes marcavam as atitudes nos círculos da ignorância.
5 Nas palavras, exteriorizam sempre grande boa vontade; entretanto, quando chamados ao serviço ativo, queixam-se imediatamente da falta de dinheiro, de saúde, de tempo, de forças.
6 São operários contraditórios que, ao tempo do equilíbrio orgânico, exigem repouso e, na época de enfermidade corporal, alegam saudades do serviço.
7 É indispensável combater essas expressões destrutivas da personalidade.
8 Em qualquer posição e em qualquer tempo, estamos cercados pelas possibilidades de serviço com o Salvador. E, para todos nós, que recebemos as dádivas divinas, de mil modos diversos, foi pronunciado o sublime desafio: “E agora por que te deténs?”
Emmanuel