“Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos.” — (ATOS, 15.29)
1 Os ambientes religiosos não perceberam ainda toda a extensão do conceito de idolatria.
2 Quando nos referimos a ídolos, tudo parece indicar exclusivamente as imagens materializadas nos altares de pedra. Essa é, porém, a face mais singela do problema.
3 Necessitam os homens exterminar, antes de tudo, outros ídolos mais perigosos, que lhes perturbam a visão e o sentimento.
4 Demora-se a alma, muitas vezes, em adoração mentirosa.
5 Refere-se o versículo às “coisas sacrificadas aos ídolos”, e o homem está rodeado de coisas da vida. Movimentando-as, a criatura enriquece o patrimônio evolutivo. 6 É necessário, no entanto, diferenciar as que se encontram consagradas a Deus das sacrificadas aos ídolos.
7 A ambição de alcançar os valores espirituais, de acordo com Jesus, chama-se virtude; 8 o propósito de atingir vantagens transitórias no campo carnal, no plano da inquietação injusta, chama-se insensatez.
9 Os “primeiros lugares”, ( † ) que o Mestre nos recomendou evitemos, representam ídolos igualmente. Não consagrar, portanto, as coisas da vida e da alma ao culto do imediatismo terrestre, é escapar de grosseira posição adorativa.
10 Quando te encontres, pois, preocupado com os insucessos e desgostos, no círculo individual, não olvides que o Cristo, aceitando a cruz, ensinou-nos o recurso de eliminar a idolatria mantida em nosso caminho por nós mesmos.
Emmanuel