“E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir.” — (JOÃO, 11.44)
1 O regresso de Lázaro à vida ativa representa grandioso símbolo para todos os trabalhadores da Terra.
2 Os criminosos arrependidos, os pecadores que se voltam para o bem, os que “trincaram” o cristal da consciência, entendem a maravilhosa característica do verbo recomeçar.
3 Lázaro não podia ser feliz tão só por revestir-se novamente da carne perecível, mas, sim, pela possibilidade de reiniciar a experiência humana com valores novos. 4 E, na faina evolutiva, cada vez que o Espírito alcança do Mestre Divino a oportunidade de regressar à Terra, ei-lo desenfaixado dos laços vigorosos… Exonerado da angústia, do remorso, do medo… A sensação do túmulo de impressões em que se encontrava, era venda forte a cobrir-lhe o rosto…
5 Jesus, compadecido, exclamou para o mundo:
— Desligai-o, deixai-o ir.
6 Essa passagem evangélica é assinalada de profunda beleza.
7 Preciosa é a existência de um homem, porque o Cristo lhe permitiu o desligamento dos laços criminosos com o pretérito, deixando-o encaminhar-se, de novo, às fontes da vida humana, de maneira a reconstituir e santificar os elos de seu destino espiritual, na dádiva suprema de começar outra vez.
Emmanuel