“Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo.” — (JOÃO, 13.8)
1 É natural vejamos, antes de tudo, na resolução do Mestre, ao lavar os pés dos discípulos, uma demonstração sublime de humildade santificante.
2 Primeiramente, é justo examinarmos a interpretação intelectual, adiantando, porém, a análise mais profunda de seus atos divinos. É que, pela mensagem permanente do Evangelho, o Cristo continua lavando os pés de todos os seguidores sinceros de sua doutrina de amor e perdão.
3 O homem costuma viver desinteressado de todas as suas obrigações superiores, muitas vezes aplaudindo o crime e a inconsciência. Todavia, ao contato de Jesus e de seus ensinamentos sublimes, sente que pisará sobre novas bases, enquanto que suas apreciações fundamentais da existência são muito diversas.
4 Alguém proporciona leveza aos seus pés espirituais para que marche de modo diferente nas sendas evolutivas.
5 Tudo se renova e a criatura compreende que não fora essa intervenção maravilhosa e não poderia participar do banquete da vida real.
6 Então, como o apóstolo de Cafarnaum, experimenta novas responsabilidades no caminho e, desejando corresponder à expectativa divina, roga a Jesus lhe lave, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. ( † )
Emmanuel