1 Somos tentados pela forças exteriores da vida, segundo as nossas necessidades de purificação interna.
2 Isso equivale a dizer que cada criatura sofre a tentação, conforme a natureza que lhe é própria.
3 Qual acontece nos domínios da Natureza em que o fogo não se alimenta de água, mas sim de combustível que se lhe afina ao modo de ser, no reino do espírito, cada um de nós entra em combinação apenas com as energias que se assemelhem às nossas.
4 Assim é que renascemos, habitualmente, no Plano físico, transportando conosco as deficiências individuais e os problemas domésticos que nos reclamam extinção ou ajustamento.
5 Espíritos entregues à usura e à crueldade, em muitas circunstâncias, ressurgem no berço de ouro, experimentando, de novo, a tentação da sovinice e do orgulho de modo a superá-los e almas cristalizadas na revolta e na indisciplina quase sempre reaparecem nos lares empobrecidos, atravessando novamente a tentação do desespero e da delinquência para vencê-los suficientemente.
6 Reunimo-nos através da família consanguínea, muitas vezes, com as nossas aversões mais profundas, para transformá-las em amor puro, ao preço de per dão e serviço, devotamento e renúncia, e, em todos os quadros da luta humana, somos defrontados por rudes provas que nos falam de perto às próprias necessidades, a fim de que, na sublime vitória sobre nós mesmos, saibamos buscar os cimos da vida.
7 Não te creias simplesmente tentado pelos outros à descida ao despenhadeiro das trevas.
8 Somos nós mesmos que, estendendo o fio do desejo, atraímos em nosso prejuízo ou em nosso favor as companhias que nos acrescentarão as forças para a queda nas sombras ou para a ascensão à Divina Luz.
Emmanuel