1 Vejamos como se comportava Jesus no trato da fé que lhe abrasava o coração, a fim de que não nos falte entendimento no cultivo da sublime virtude.
2 Anjo entre os Anjos, não desdenha descer ao convívio dos homens, mais para padecer lhes a brutalidade do que para engalanar-se, de pronto, com os louros da simpatia e da compreensão que lhe pudessem ofertar.
3 E entre os homens, ninguém lhe surpreende o mínimo gesto de intolerância, à frente dos problemas que se lhe impõem à bandeira de redenção.
4 Não exige que os outros lhe adotem a cartilha de confiança.
5 Não perde tempo em controvérsias, acerca da essência e atributos da Natureza de Deus.
6 Não se converte em suposto advogado do Criador para maldizer ou ferir as criaturas enrijecidas na delinquência.
7 Não indaga quanto à convicção religiosa daqueles que lhe pedem assistência e consolo.
8 Não preceitua condições deste ou daquele teor, em matéria de crença para que se administre a luz do Evangelho.
9 Não se arvora em profeta da destruição e do pessimismo, conjugando revelação e perturbação, conhecimento e terror no ânimo dos ouvintes.
10 Não solicita vantagens particulares, auxiliando sempre, sem cogitar de auxílio a si mesmo.
11 Não promove ligações com os príncipes e sacerdotes do mundo para prestigiar os princípios de amor dos quais se tornara intérprete.
12 Não recusa sofrer agravos e insultos, calúnia e prisão por parte daqueles a quem confiara o tesouro das esperanças mais puras, a pretexto de garantir se na posição de Medianeiro Celeste.
13 E, por último, não recorre nem mesmo à proteção da justiça humana, para exonerar-se da cruz em que desfalece, entre a serenidade e o perdão, em plenitude de obediência.
14 Observemos a fé em Jesus e a fé em nós, a fim de exercitarmos, em nossas necessidades de evolução, o esquecimento de nossos obscuros caprichos e a aceitação da sábia Vontade de Nosso Pai.
Emmanuel