1 A história do bom samaritano, ( † ) repetidamente estudada, oferece conclusões sempre novas.
2 O viajante compassivo encontra o ferido anônimo na estrada.
3 Não hesita em auxiliá-lo.
4 Estende-lhe as mãos.
5 Pensa-lhe as feridas.
6 Recolhe-o nos braços sem qualquer ideia de preconceito.
7 Condu-lo ao albergue mais próximo.
8 Garante-lhe a pousada.
9 Olvida conveniências e permanece junto dele, enquanto necessário.
10 Abstém-se de indagações.
11 Parte ao encontro do dever, assegurando-lhe a assistência com os recursos da própria bolsa, sem prescrever-lhe obrigações.
12 Jesus transmitiu-nos a parábola, ensinando-nos o exercício da caridade real, mas, até agora, transcorridos quase dois milênios, aplicamo-la, via de regra, unicamente às pessoas que não nos comungam o quadro particular.
13 Quase sempre, todavia, temos os caídos do reduto doméstico.
14 Não descem de Jerusalém para Jericó, mas tombam da fé para a desilusão e da alegria para dor, espoliados nas melhores esperanças, em rudes experiências.
15 Quantas vezes, surpreendemos as vítimas da obsessão e do erro, da tristeza e da provação, dentro de casa!
16 Julgamos, assim, que a parábola do bom samaritano, que é sempre abençoada luz na vida externa, produzirá também efeitos admiráveis, toda vez que nos decidirmos a usá-la, na vida íntima, compreendendo e auxiliando aos vizinhos e companheiros, parentes e amigos, sem nada exigir e sem nada perguntar.
Emmanuel
Essa mensagem, com diferenças nos indicadores 12 e 16, foi publicada pela FEB no Reformador de julho de 1964, p. 170; no mesmo ano a editora CEC, a mesma desse livro, publicou-a na 40ª lição do “Livro da Esperança”.