Dom Pedro de Alcântara n
1 Céu do Brasil, da glória em que te estrelas, Na mensagem de paz ao mundo inteiro, Guarda os astros sublimes do Cruzeiro Por nossas avançadas sentinelas.
2 Recebe as nossas súplicas singelas E derrama no solo brasileiro As bênçãos do Divino Timoneiro, Das quais, ditoso e lindo, te constelas!
3 Faze da terra, que nos abençoa, Florão de amor e rútila coroa Para o trono do bem, puro e fecundo.
4 E faze-nos, no imenso campo humano, Servidores do Cristo Soberano No iluminado coração do Mundo.
Irmão Saulo
Francisco Cândido Xavier nos enviou, de Uberaba, telegrama desejando um feliz 1972, cheio de paz e trabalho construtivo para todos nós e nossos familiares. Em palavras simples, que dizem exatamente o que deve ser dito, o famoso médium-psicógrafo exprime o sentimento de amor pelo Brasil, pelo seu povo, por todos nós, sentimento que lhe ilumina o coração devotado ao bem. É difícil aos homens inebriados pelas ilusões da vida prática, pelos desvarios do mundo, compreender o interesse que a figura humana e simples de Chico Xavier desperta no povo. Mas os fatos deviam ser suficientes para despertar essas criaturas. E os fatos são inegáveis. Chico Xavier é um ídolo popular cujo prestígio cresce na proporção em que ele avança na vida, ao contrário dos ídolos artificiais que se vão apagando com a idade.
A mensagem psicográfica de Chico Xavier, que escolhemos para o dia de Ano-Novo, é de D. Pedro de Alcântara, o segundo imperador do Brasil. Essa mensagem concorda plenamente com tudo o que Chico falou sobre o nosso País no “Pinga Fogo”, do Canal 4. É um cântico de louvor ao Brasil como “Pátria do Evangelho e Coração do Mundo”, segundo a conhecida expressão de Humberto de Campos. No limiar de 1972, quando a Terra se apresenta ao mesmo tempo cheia de esperanças e de angústias, o soneto de Pedro II vale por confirmação da profecia feliz de Castro Alves no poema recebido pelo médium ao encerrar o programa de televisão. O Brasil define os caminhos da esperança para o mundo em desespero.
Não é de hoje que os Espíritos vêm anunciando o papel que cabe ao nosso País na definição do futuro mundial. Se em 1938 Humberto de Campos esclarecia o problema, antes e depois de sua obra (“Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho”), numerosas outras entidades de inegável elevação espiritual sustentaram e sustentam a mesma tese. Por outro lado, os observadores terrenos, como Stephan Sweig com seu livro “Brasil, País do Futuro”, e outros tantos na atualidade, endossam a previsão dos espíritos. Ao mesmo tempo, os rumos que o Brasil vai tomando no seu desenvolvimento econômico, demográfico, cultural e espiritual, fortalecem a nossa confiança nessas previsões.
[1] Esta mensagem foi publicada originalmente em 1969 pela FEB e é a 96ª lição do livro “Poetas Redivivos.”