ESCLARECIMENTOS
Nascimento: 06 de março de 1961. Desencarnação: 19 de agosto de 1983. Idade: 22 anos.
Pais: Victor Geraldo Summo e Ignez Teixeira Summo — Rua Antônio Buso, 40, São Paulo — SP.
Irmã — Cláudia Regina Summo.
Esposo — Milton Tomaz de Oliveira.
Vovó Guilhermina — materna, desencarnada em 5.7.1975.
Vovó Josefina — paterna, desencarnada em 22.5.1983.
COMENTÁRIOS
“Quero dizer à mãezinha e ao papai que estou bem”, palavras de Maria Cristina.
Nesta imagem percebemos que a verdade não pertence a ninguém, senão a Deus que transfere na Criação aos Espíritos pela fé, a razão como propriedade única, reconhecida na consciência de cada um quando envolvida pelo equilíbrio natural da vida.
Quem é que pode dizer às famílias Summo e Thomaz de Oliveira que a mensagem de sua querida filha e esposa não é a realidade, quando surpreendentemente, depois de um ano de sofrimentos, mais precisamente 24.02.1984, através de Chico Xavier no Grupo Espírita da Prece, recebem a carta de Maria Cristina.
Nesse lar espírita, praticantes do Evangelho no Lar, inesperadamente, viram Maria Cristina partir, sem chances, atingida pela meningite bacteriana (Septecemia) segundo os diagnósticos médicos.
Em dois dias desencarnava a filha querida.
Os sonhos e as esperanças de felicidade terminaram.
Desespero e lágrimas foi uma constante nos dias que se seguiram.
A mensagem foi a prova irrefutável de que Maria Cristina vivia.
A verdade absoluta para os familiares.
A presença dos nomes citados, sem que fosse feita qualquer menção a Chico Xavier, coroaram de êxito todo o esforço e a confiança na Espiritualidade.
Só a presença da família, como de tantas outras no Grupo Espírita da Prece, representa aos ansiosos da mensagem, uma consolação.
Quem não a recebe, conforta-se com o drama do semelhante ao perceber que existem necessidades maiores que as suas.
Com isso, voltam reconfortados, mesmo sem terem conseguido a sua carta.
Por isso, Francisco Cândido Xavier é o mensageiro da Paz, da Esperança e do Amor em nosso século.
MENSAGEM
1 Querida mãezinha Ignez e meu querido pai Victor, peço-lhes para que me abençoem.
2 Tudo terminou como num pesadelo que o sonho iniciara.
3 Amava tanto a vida e me sentia tão segura da proteção do nosso querido Milton, que a ideia de ausentar-me estava longe de mim.
4 De início, ainda acompanhei as definições e os diagnósticos dos médicos amigos que me amparavam, entretanto, depois, a cabeça não suportou as dificuldades de que me via agredida pela doença.
5 Apesar de tudo, apesar das dores e perturbações que a febre, talvez, me inoculasse, acreditava que sobreviveria.
6 Um esposo e eu tão jovem para atravessarmos o mundo e as esperanças que nos povoavam as ideias eram para que eu recusasse a ordem da natureza para deixá-los de vez.
7 Perdoem-me se me refiro aos problemas finais do corpo, com esse tom de rebeldia que me assinala as considerações. Não. Eu não podia revoltar-me contra a Bondade de Deus que palpitava em tudo.
8 Se Deus salvava as flores nos momentos de aguaceiro, se Deus ocultava os vermes em furnas de socorro para que não perecessem, por que me haveria de abandonar quando eu mais desejava permanecer?
9 Mas a certeza do amor divino devia inspirar-me respeito e consideração para não fracassar em minha confiança na hora extrema. Agarrei-me a Deus e pedi-lhe proteção e consolo.
10 O cérebro delirava. Eu não sabia mais de que maneira controlar os meus pensamentos, mas uma força poderosa me inspirava resignação.
11 Soube, depois, que eram a vovó Guilhermina e a vovó Josefina a me conduzirem as intuições.
12 Tive tempo de lembrar fragmentariamente os pais queridos e a nossa Cláudia.
13 Senti-me a despedir do lar que eu amava tanto e, por último, chegou o momento de entregar também a Deus o esposo querido que Ele mesmo me concedera.
14 Revi o nosso Milton na lembrança e pedi ao Senhor da Vida para que o consolasse e mantivesse calmo e paciente. Ele era um tesouro que eu devia entregar sem revolta, sabendo que Deus nos empresta a felicidade para saber se aprendemos a dividi-la.
15 Era tão difícil dividir o esposo que me dera a alegria de viver e o dom de esperar o melhor que houvesse no mundo… Entretanto, era necessário restituí-lo a Deus e esforcei-me. 16 Chorei no íntimo lágrimas pesadas que não me vinham mais aos olhos e pensei que Deus me emprestara o nosso Milton para fazê-lo feliz e se era preciso partir ao chamado de forças que me separavam do corpo doente, era indispensável estar em paz e rogar aos Céus para que ele encontrasse a felicidade sem a minha companhia.
17 Graças às preces que me clareavam o íntimo, fiz o esforço supremo e confiei a Deus o esposo que se me erguia diante da existência, por amigo e companheiro que me completavam em todos os meus anseios e emoções.
18 Agora, a tempestade passou. Quero dizer à mãezinha Ignez e ao papai que estou bem, embora a carência afetiva que vou preenchendo com o ideal de servir e com as orações que me alentam.
19 Digam por mim ao Milton que isso não é renúncia e sim compreensão. Ele que é tão sincero e tão digno de amor, encontrará quem me substitua para formar ou reformar o lar com que sonhávamos.
20 A mulher, com certeza, por força da Criação Divina, guarda no coração reservas de entendimento e renovação que no mundo é impossível mentalizar.
21 Sentindo que o perigo se interpunha entre nós, o perigo da revolta ante a sabedoria da vida, confiei-o a Deus que saberá orientá-lo melhor do que eu mesma.
22 Não é possível que se aprove a solidão irreversível para um homem jovem e digno da maior felicidade que a Terra possa oferecer. O nosso Milton refará a sua tranquilidade e segurança e estaremos juntos de outro modo. 23 O esposo para as companheiras são também filhos espirituais carecedores de proteção e de entendimento para viverem com as alegrias possíveis da existência.
24 Querida mamãe Ignez, isto é o que me ocorre dizer, agora que a vovó Guilhermina e a vovó Josefina me ensinaram a trilha do dever com alegria. 25 Do ponto de vista pessoal, prossigo melhorando e reajustando as minhas energias para me identificar com a vida nova que fui chamada a viver.
26 Não me lembrem com lágrimas, porque a nossa dor passou como a noite que, de repente, se faz dia claro.
27 Espero ser-lhes útil e desejo se convençam de que estou cada vez mais viva para amá-los e respeitá-los a todos.
28 Um beijo à nossa Cláudia. E, reunindo os pais queridos no carinho de minhas saudades, com a presença do nosso Milton em minha ternura e gratidão, beija-lhes os corações queridos a filha que lhes pertence e lhes pertencerá em nome de Deus para sempre.
Maria Cristina
Rubens S. Germinhasi