O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Continuidade — Familiares diversos


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Avelino Ginjo

ESCLARECIMENTOS


Nascimento: 29 de julho de 1918. Desencarnação: 12 de março de 1978. Idade: 60 anos.

Esposa: Lídia Ginjo — Rua Prof. João Arruda, 364 — Apto. 51, São Paulo — SP.

“…normalizar os problemas que fui constrangido a deixar…” — Refere-se à compra de um imóvel, seis meses antes de seu falecimento, ainda com inquilino, que não havia sido regularizado.

Ana Coelho — sogra, desencarnada em 1951.

Manoel Coelho — sogro.

Avelino Ginjo Filho — filho.

José Manoel Ginjo — filho.


COMENTÁRIOS


Para dizer com mais propriedade quem era esse amigo, fomos buscar depoimento feito na Folha Espírita de São Paulo, número 73 — abril de 1980, nas palavras do ilustre Dr. Freitas Nobre:


“AVELINO GINJO, O COMPANHEIRO

Sinto-me na obrigação de prestar este depoimento sobre a figura inesquecível de Avelino Ginjo, repórter-fotográfico com o qual trabalhei no Jornal da Manhã, e em vários outros diários paulistanos.

Cheguei a São Paulo com 15 anos de idade e, de imediato, passei a procurar trabalho.

No Diário da Noite, fui entrevistado pelo então repórter Maurício Loureiro Gama e, a entrevista, em manchete de página inteira, ajudou-me a procurar emprego em jornal.

No dia seguinte, estava empregado como repórter no Jornal da Manhã, onde encontrei Avelino Ginjo, já prestigiado na classe e no próprio jornal em que trabalhava.

Desprendido, preocupado apenas em servir, quando o aperto era maior, ele me emprestava um pouco do pouco que ganhava, pois meu salário era baixíssimo, talvez em razão da idade.

Guardo uma lembrança muito querida dos vários anos em que trabalhamos juntos, em vários jornais paulistanos, eu escrevendo e ele fotografando.

Sua figura de jornalista e de cidadão, de amigo e de companheiro, cresce no tempo, na lembrança e na saudade.

Agora, que através da psicografia de Chico Xavier ele volta ao diálogo com sua família, alegro-me porque sei que sua simplicidade, sua fraternidade, seu carinho de amigo, lhe permitem colher as flores que espalhou em vida e os frutos sazonados de tanto bem que plantou no caminho de sua existência terrena.

Freitas Nobre”


Pequeno relato de sua vida profissional:

Profissional de imprensa com 40 anos de atividades.

Trabalhou em 1939 no Jornal da Manhã, Departamento Estadual de Informações, onde se destacou como o principal fotógrafo. Jornal Trabalhista, cujo setor fotográfico foi organizado sob sua orientação.

A Noite de São Paulo.

A partir de 1959, chefiou o Departamento Fotográfico do Serviço de Imprensa do Governo do Estado.

Conselheiro do Museu de Imagem e Som do Estado. Recebeu numerosos prêmios fotográficos, um dos quais pelas fotos que fez durante a chegada dos integrantes da FEB que combateram na Segunda Guerra.

Muitas personalidades estrangeiras que visitaram São Paulo, foram por ele fotografadas.

A Prefeitura de São Paulo, na gestão do Prefeito Olavo Setubal, deu seu nome à Rua 3, do Jardim Marisa, em Pirituba.

A Câmara Brasileira do Livro, instituiu o prêmio Avelino Ginjo, atribuído à melhor fotografia publicada sobre a V Bienal Internacional do Livro.

“Dados extraídos da Folha Espírita de São Paulo.”


A família inconsolada pela sua desencarnação, foi ao Chico Xavier desejando encontrar uma resposta às suas preces. O objetivo foi alcançado.

Neste elo verdadeiro de carinho e amor que encontrou em Chico Xavier, expõe o seu sentimento para que as mensagens contidas neste livro possam dar forças a quem necessite e, com muita gratidão, o seu muito obrigado a FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.


MENSAGEM


1 Querida Lídia. Deus nos proteja.

2 Venho ao seu encontro com o objetivo de agradecer ao seu carinho de companheira, o tesouro de amor que recebi de sua dedicação, com o mínimo de recursos para retribuir.

3 Querida, não julgue haja na morte do corpo qualquer expressão de esquecimento. Lembro-me das menores minudências de nosso convívio e a memória está quase que fixa nas preces que formulo ao Mais Alto, rogando bênçãos de paz e saúde, tranquilidade e alegria para você e nossos queridos filhos.   4 Sei que retornei à Vida Verdadeira quase que de improviso e quero manifestar-lhe a minha gratidão pelo devotamento e serenidade com que você me auxiliou a normalizar os problemas que fui constrangido a deixar sem a devida solução.

5 Creia que a sua família, igualmente minha pelo coração, me acolheu com a ternura de antigo parentesco. A sua querida avó Ana, se fez minha segunda mãe e seu pai Manoel Coelho tem sido para mim um apoio de valor inexcedível.

6 A princípio, sabe você que não poderia reconhecer-me por aqui, sem lastimar a vinda rápida e compulsória.

7 O homem na Terra acredita que o momento terminal da viagem na experiência física, certamente nunca chegará e, por isso, devem ser muito raros os que chegam aqui, sem esse espanto angustiado de que me vi possuído quando reconheci que o meu campo de vivência se alterara de maneira sensível.

8 Felizmente, as dificuldades foram passando e preciso dizer que a sua coragem, muitas vezes, foi a minha resistência para que o meu reajuste à vida nova se processasse com segurança.

9 Sei que você tem lutado bastante para reerguer as forças do nosso Avelino. Querido filho, impressionado com o inevitável, rogo a você dizer-lhe que estou bem e que espero dele e do nosso querido José Manoel a justa fidelidade aos estudos, na preparação dos dias que hão de vir, dias em que eles também, na condição de homens feitos, serão compelidos a facear os problemas que nós dois tantas vezes resolvemos juntos.

10 Creio que o seu entendimento com os nossos rapazes, no alicerce destas palavras que lhes dirijo, trará o efeito que desejamos.

11 Querida, os filhos são sempre os reflexos de nós mesmos, especialmente quando crianças ou quando se encaminham para a juventude. Alguém poderá acusar-nos por havê-los mimado com o nosso amor, entretanto, ambos estamos tranquilos, porque a nossa dedicação a eles sempre se baseou no imenso desejo de vê-los felizes.

12 Querida Lídia, não posso ser mais extenso. Amigos que me auxiliam convidam-me a observar a minha ficha de tempo e devo terminar.

13 Muito carinho aos filhos sempre queridos e guarde em seu coração a confiança total e o invariável amor de todos os instantes, do esposo e companheiro que vive ao seu lado, pelos fios do pensamento.

14 Gratidão e afeto constantes do esposo sempre seu,


Avelino Ginjo


Rubens S. Germinhasi


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