A vivência com Chico Xavier é sempre um crescendo de episódios positivamente inusitados, em que o aprendizado em bases cristãs está sempre presente. Como aprendiz atento do Mestre Jesus, a todo instante nos oferece uma lição prática de puro cristianismo.
Numa de suas festejadas e inesquecíveis estadas em Monte Carmelo, o Chico, atencioso como sempre, foi visitar D. Myrthes Barbosa, a saudosa e querida mãe do nosso dedicado e querido irmão Dr. Elias Barbosa.
Decorridos alguns minutos de permanência alegre e festiva, naquele lar, àquelas alturas, com a casa cheia, e como ocorre no interior mineiro, onde a cortesia é timbrada por um bom café, feito na hora, café medroso, que vem acompanhado de um saboroso pão de queijo, quando dona Myrthes assoma à porta da copa com imensa bandeja trazendo aquela preciosidade toda.
O Chico lentamente se levanta e, rápido; vai ao encontro de dona Myrthes. Criou-se aquela expectativa!… Muitos de nós pensamos mal do seu avanço estratégico!… Será que o Chico vai se locupletar? Sim, o Chico antecipou-se aos demais, recebeu a bandeja das mãos da dona da casa e começou a servir a todos.
Dentro daquele clima tão espontâneo, tão autêntico, quão amigo, alguém comenta com o Chico: Ora Chico, somos nós quem temos o dever e a obrigação de servir quem nos ajuda tanto! Você é o nosso hóspede ilustre! No que ele retruca, sem afetação, dentro da maior naturalidade: Não, meu filho, se o próprio Cristo, que é o Cristo disse que “veio para servir e não para ser servido”, ( † ) que direi eu que nada sou?
E ficou no ar e em nossos corações, aquela autêntica lição de humildade, lição prática da vivência do Evangelho com Jesus.
Marival Veloso de Matos