1 Houve tempo em que a ciência positiva,
Na aridez de seu método ilusório,
Construía o castelo transitório
Da grande negação definitiva.
2 Tudo era matéria primitiva
No centro do seu “modus” vibratório,
Impressionando o mundo do sensório,
Na eterna vibração da força viva.
3 Mas Kardec abre as últimas cortinas
E sobre o mundo de cadaverinas,
Apresenta outra Luz gloriosa e forte.
4 Cai a muralha do materialismo.
E a fé raciocinada vence o abismo
Transpondo a escuridão da própria morte.
Augusto dos Anjos
|