1 Se buscais a verdade soberana
É preciso fugir à noite escura,
Cuja sombra pesada vos empana
A visão corporal, pobre e insegura…
2 É a sombra que desceu à ciência humana,
Amortalhando a mísera criatura,
Sob a carne que humilha, esquece e engana
No turbilhão de vossa desventura.
3 Tendes vivido em louca fantasia,
Entre as sendas de dor e de ironia
Descuidados da trágica demora.
4 Vinde!… Se desejais a liberdade
Com os bens da luz, da paz e da verdade,
Entregai-vos ao Cristo, desde agora!
Pedro D’Alcântara
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