1 O Espiritismo dispensa a contribuição científica?
2 O Espiritismo não pode prescindir de suas características científicas, analisando todos os fenômenos da sua esfera de influenciação, dentro da razão e da lógica das coisas.
3 Todavia, faz-se necessário conhecer até onde poderemos chegar com semelhantes contribuições, porquanto, trazendo o homem percepções sobremaneira restritas, há um domínio de conhecimento superior que se conserva fechado à sua perquirição.
4 Portanto, cremos que é preciso estabelecer um critério entre ciência e sabedoria. 5 Jesus nunca se afirmou como sendo a ciência, mas sim como verdade salvadora do mundo. 6 É que a primeira se constitui de uma série de conhecimentos instáveis, porque humanos, caracterizando-se pelas suas contínuas transformações. 7 As verdades da sabedoria, ao contrário, não repousam na base fictícia dos sentidos e sim na Luz Infinita, que promana do Espírito, em suas manifestações de inteligência e de sentimentos superiores.
8 Necessitando, pois, da cooperação da ciência, o corpo doutrinal do Espiritismo tem de repousar na revelação divina da fé, na filosofia imortalista, na sabedoria espiritual, enfim, único elemento apto a fornecer às coletividades a pedra basilar do progresso e da regeneração, há tanto tempo esperada.
9 Consideramos, desse modo, que o espiritualismo, antes das ciências humanas, em si, que apenas lhe podem servir de colaboradoras, deverá trabalhar no plano superior da espiritualidade, elevando os caracteres, enobrecendo os sentimentos e iluminando os corações.
Emmanuel