Na leitura da parábola dos cegos ( † )
1 Meu amigo, o Espiritismo
É campo de vida e luz;
Não conserves sem trabalho
A ideia que te conduz.
2 Nessa lavoura bendita
De paz, harmonia e amor,
Cada qual tem a tarefa
Que lhe reserva o Senhor.
3 És médium? Sê diligente
No amoroso apostolado.
Mediunidade é serviço
Em nome do Mestre Amado.
4 Investigas a verdade?
Procura ver que ninguém
Deve andar observando
Sem propósitos no bem.
5 És curioso somente?
Não olvides, meu irmão,
Que a boa curiosidade
É nota de elevação.
6 És companheiro de luta?
Guarda a prece e a vigilância,
Quem é irmão de verdade
Nunca foge à tolerância.
7 És simples necessitado
Na sombra e no sofrimento?
Pondera a lei generosa
De esforço e merecimento.
8 És pregador? Meu amigo,
Foge à ilusão, foge à treva,
Que as palavras sem os atos
São folhas que o vento leva…
9 Doutrinas desencarnados?
Procura reconhecer
Que se vives ensinando
É necessário aprender.
10 Vens pedir alguma coisa?
Recorda, na dor terrestre,
Que o tesouro mais sublime
É a paz do Divino Mestre.
11 Nas alegrias, nas dores,
No mais simples dos misteres,
Poderás fazer o bem
No lugar onde estiveres.
12 Quem busque, de fato, a luz
Da existência verdadeira.
Não se apega à fantasia,
Trabalha contra a cegueira.
13 Não foste chamado à fé
Para sonho ou distração,
Mas à justa atividade
De nossa renovação.
14 O aprendiz do Espiritismo
Não vive sem rumo, a esmo…
Tem Jesus por Mestre Amado
E a escola dentro em si mesmo.
Casimiro Cunha
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