O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Chico Xavier, dos hippies aos problemas do mundo — Entrevistas — Emmanuel


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Consciência da reencarnação

 1. — DURVAL — Minha pergunta é rápida, Chico. Em que instante da gestação ocorre a encarnação, e o Espírito tem consciência disso?

CHICO XAVIER — O nosso André Luís costuma dizer que a consciência disso é um fenômeno raríssimo. Na maior parte, talvez 99% dos casos de reencarnação, a criatura está na posição de quem dorme, no claustro materno, de quem se acomoda no carinho materno para o renascimento, dentro de um processo um tanto quando semelhantes à anestesia para as cirurgias no terreno humano, um certo torpor e a criatura vai acordando aos poucos, aos poucos, porque também a ciência vai verificar isso, a recapitulação do processo evolutivo não se verifica tão somente na fase embrionária da nossa vida fetal, mas, alguns anos também depois do nascimento a criança está repetindo na sua feição de criaturinha impulsionada por movimentos saltuários, determinados tipos de impulsos que ficam na retaguarda. E o próprio complexo de Édipo, que muitos dos nossos psicoanalistas consideram como sendo um período que vai depois dos três, dos seis meses do nascimento até 6 ou 8 anos, com as derivações desse mesmo complexo às derivações edipianas, esses complexos todos são plenamente compreensíveis com o fenômeno da reencarnação e do nascimento da criatura em estado de reajuste gradativo.


 2. — SAULO GOMES — Parece-me que é a última pergunta, a última rodada.

ALMIR — A não ser os membros da mesa entrevistadora tenham alguma observação a fazer, alguma pergunta, é isso.

DURVAL — Essa era a penúltima.

ALMIR — Hein?

DURVAL — Essa a penúltima.

ALMIR — A penúltima não. Nós temos quase quatro horas de programa e como eu vou pedir ao Chico, e não sei se será possível, fica na dependência dele, de ele, antes de encerrar ou encerre o programa exatamente como encerrou o programa anterior, é o que estou dizendo; mas se alguém tiver alguma outra pergunta a formular, pode formular.

VICENTE LEPORACE — Eu tenho apenas uma observação que me permito fazer antes que o Saulo formule a última pergunta.

ALMIR — Pois não.

VICENTE LEPORACE — Eu travei uma luta íntima comigo, Chico Xavier, porque a minha intenção era, e consultei o meu ego interior e o ego exterior é egoísta, é vaidoso. A minha intenção era fazer com que eu fosse dono, fosse proprietário de um livro autografado na presença do maior público que já existiu na história da literatura mundial. Eu ia pedir a você que autografasse este livro para mim.

CHICO XAVIER — Com muito prazer.


 3. — LEPORACE — Mas acho que é uma supina vaidade e ia ferir a sua susceptibilidade, a sua humildade, então eu prefiro ficar apenas com o desejo, Chico Xavier. Eu vou lhe levar o livro para ser autografado numa outra oportunidade. Mas vou até sua casa, lá em Uberaba, este ou um outro livro qualquer que você nos dê.

CHICO XAVIER — Fico muito feliz e honrado com a visita pessoal, mas pediria ao nosso mediador, nosso caro Dr. Almir Guimarães, licença, é uma fração de minuto.


 4. — ALMIR — Se você retirar o doutor, eu…

LEPORACE — Bom, já que é em benefício geral da nação e para tranquilidade dos espíritos, então eu vou vencer meu ego exterior.

ALMIR — Enquanto isto o Saulo pode se preparar para a última pergunta.

SAULO — Como o Leporace traz uma manifestação, antes da pergunta eu peço licença, Almir, como o Leporace traz a manifestação de um dos grandes nomes da imprensa brasileira e de mais uma etapa de nosso rádio e televisão sadios, eu, em nome de Chico, fiz uma visita à extraordinária apresentadora e colega Hebe Camargo, que lhe devolve a visita em forma de um abraço fraterno.

CHICO XAVIER — Obrigado.


 5. — SAULO — O abraço da Hebe quando a visitei em seu nome.

CHICO XAVIER — Envio de coração outro abraço com muito respeito e admiração.


 6. — ALMIR — Aliás a Hebe é amiga de todos nós. É uma excelente companheira, nós nos sentimos muito honrados cora a referência que você faz a ela nesta mensagem de carinho e amizade que ela está enviando ao Chico por seu intermédio.

CHICO XAVIER — Muito obrigado.


 7. — ALMIR — Ela já palestrou com o Chico (e isso quem me disse foi o Chico), quase quatro horas ou cinco horas, num chá, não foi Chico?

CHICO XAVIER — Ah, sem dúvida. Presto à nossa grande embaixatriz de cultura artística que é Hebe Camargo, porque o nome de Hebe Camargo é uma legenda no Brasil inteiro para o nosso respeito e para o nosso carinho. Admiro Hebe Camargo desde certa manhã, há alguns anos, em que a vi em certa manhã de muito frio distribuindo cobertores na Estação da Luz, discretamente, com dezenas de irmãos nossos que vinham a São Paulo em busca de trabalho, procedentes de várias regiões do Brasil. Tenho Hebe como benfeitora. Não é só a grande artista, a grande condutora de programas culturais que nós todos reverenciamos. Ela é uma personalidade cristã das mais nobres de nosso País.


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