O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Chico Xavier, dos hippies aos problemas do mundo — Entrevistas — Emmanuel


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Censura espiritual

 1. — ALMIR — Chico, um telespectador quer saber de você, antes de passarmos à penúltima pergunta, com a equipe interna, se nas suas comunicações com seu guias do além, do espaço, existe também censura. Eu explico censura de que maneira: se eles comunicam um fato a você que possa acontecer, ou qualquer coisa de maior importância, e impedem você de transmitir aos seus adeptos, aos seus fiéis, esta comunicação.

CHICO XAVIER — Desde muito tempo o Espírito de Emmanuel nos orienta que nós somos responsáveis pelas imagens que criamos na mente dos nossos irmãos. Portanto, ele nos ajuda a censurar tudo aquilo que possa vir por nosso intermédio. Até hoje tem sido assim, conquanto essa censura não impeça o auxílio que ele e outros amigos espirituais vão dar às pessoas necessitadas de socorro. Do ponto de vista literário muitas vezes tenho tido a visita de poetas e escritores que desejam escrever nos temas que os sensibilizaram neste mundo, mas sem maior proveito para a Terra. Eles, às vezes, querem escrever, conversam, falam páginas maravilhosas se fossem escritas, mas Emmanuel corrige o assunto e não permite que as páginas venham, por nosso intermédio, porque ele considera que do mundo espiritual para nós deve vir aquilo que for de construtivo, que possa nos ajudar.


 2. — VICENTE LEPORACE — Apenas para esclarecer Chico, que o seu pai quando desencarnou, o sistema da Loteria Federal era diferente. Agora não adianta que ele insista em parar a roda porque não é mais no sistema fichê. Agora são esferas com o número completo. Cada esfera tem cinco algarismos. É uma roda, como por exemplo, essa que a gente vê em programa de televisão, são os números completos; são 53 mil bolinhas encerradas numa urna e numa outra urna, posterior na outra urna, ligada existem os prêmios, primeiro prêmio, segundo, etc., quer dizer que se o seu pai estiver preocupado em parar a roda…

CHICO XAVIER (interrompendo) — Ah, eu acho que ele não consegue nem a roda nem a bola. E eu devo estar muito feliz porque não me falta nada e todas as dívidas foram muito bem pagas, estamos muito bem, as meninas cresceram, se casaram, os rapazes também tem outras vidas, estamos muito bem, eles e eu, ganhamos por outra loteria.


 3. — VICENTE LEPORACE — E depois há mais a acrescentar o seguinte, Chico Xavier. Acontece que os nossos números, o seu e o meu, estão sempre escritos em esferas bem maiores que aquela do buraco onde elas possam atravessar. Não vai sair nunca o prêmio para nós.

CHICO XAVIER — É nosso caro amigo Vicente Leporace falando…


 4. — VICENTE LEPORACE — Eu quero falar justamente sobre meu pai, Chico Xavier. Aquele que lê como eu leio as coisas que dizem respeito ao espiritismo, que praticam, que meditam também num ramo do espiritismo, eu estranho, Chico Xavier, e não acho quem o explique. Meu pai desencarnou em 1938, há 33 anos, portanto, e até hoje não chegou ao meu conhecimento, nem a ninguém na minha família, que em qualquer circunstância o espírito de meu pai tivesse se manifestado através de um médium, não só nas nossas relações como extra-relações, nunca soube que o espírito tivesse baixado. Então eu lhe pergunto, Chico; o Espírito, meu pai tinha espírito gaiato, galhofeiro, e transmitiu este espírito ao filho. Eu pergunto se um Espírito para se tornar superior e baixar à Terra e ser invocado, ele precisa passar por que espécie de análise? Ele precisa passar por um crivo especial, se subordinar a um tratamento especial, como se opera esse fenômeno do Espírito que baixa, vem à Terra e se manifesta?

CHICO XAVIER — É, o assunto, devemos dizer ao nosso caro amigo Sr. Vicente Leporace, o assunto é novo na Humanidade e a ausência aparente do senhor seu pai não implica numa falta de elevação, ele estará continuando a dispensar aos familiares a mesma ternura de sempre e ter-se-á, naturalmente, subido, ter-se-á elevado muito. Mas, provavelmente ele não terá encontrado ainda os recursos à manifestação no Plano físico. A ausência de um médium, condições adequadas, para que ele se faça claramente reconhecido. Muitas vezes, os nossos queridos familiares encontram oportunidade para se expressarem a nosso benefício, mas às vezes, o médium está em condições deficientes, e eles desistem de se comunicar conosco de modo imperfeito, porque muitas vezes cairíamos numa surpresa menos construtiva e a perplexidade agiria em nosso desfavor. Acredito que o senhor seu pai estará auxiliando muito ao nosso amigo e a todos aqueles que ele deixou na terra. E estará esperando oportunidade.


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