“Porfiai por entrar pela porta estreita…” — JESUS (Lucas, 13.24)
1 Não te aconselhes com a facilidade humana para a solução dos problemas que te inquietam a alma.
Realização pede trabalho.
Vitória exige luta.
2 Muitos jornadeiam no mundo na larga avenida dos prazeres efêmeros e esbarram no cipoal do tédio ou da intemperança, quando não sucumbem sob as farpas do crime.
3 Muitos preferem a estrada agradável dos caprichos pessoais atendidos e caem, desavisados, nos fojos de tenebrosos enganos, quando não se despenham nos precipícios de tardio arrependimento.
4 Seja qual for a experiência em que te situas, na Terra, lembra-te de que ninguém recebe um berço entre os homens para acomodar-se com a inércia, no desprezo deliberado às leis que regem a vida.
5 Nosso dever é a nossa escola.
6 Por isso mesmo, a senda estreita a que se refere Jesus é a fidelidade que nos cabe manter limpa e constante, no culto às obrigações assumidas diante do Bem Eterno.
7 Para sustentá-la, é imprescindível sacrificar no santuário do coração tudo aquilo que constitua bagagem de sombra no campo de nossas aspirações e desejos.
8 Adaptarmo-nos à disciplina do próprio espírito na garantia da felicidade geral é estabelecer em nós próprios o caminho para o Céu que almejamos.
9 Não te detenhas no círculo das vantagens que se apagam em fulguração passageira, de vez que a ociosidade compra, em desfavor de si mesma, as chagas da penúria e as trevas da ignorância.
10 Porfia na renúncia que eleva e edifica, enobrece e ilumina.
11 Não desdenhes a provação e o trabalho, a abnegação e o suor.
12 E, em todas as circunstâncias, recorda sempre que a “porta larga” é a paixão desregrada do “eu” e a “porta estreita” é sempre o amor intraduzível e incomensurável de Deus.
Emmanuel