1 É possível que o constrangimento do companheiro tenha surgido do gesto impensado de tua parte.
2 O gracejo impróprio ou o apontamento inoportuno teria tido o efeito de um golpe.
3 Decerto, não alimentaste a intenção de ferir, mas a desarmonia partiu de bagatela, agigantando-se em conflito de grandes proporções.
4 De outras vezes, a mente adoece, conturbada.
5 Teremos ofendido, realmente.
6 A cólera ter-nos-á cegado o discernimento e brandimos o tacape da injúria.
7 Pretendemos aconselhar e cortamos o coração de quem ouve.
8 Alegando franqueza, envenenamos a língua.
9 No pretexto de consolar, ampliamos chagas abertas.
10 E começa para logo a distância e a aversão.
11 Se a consciência te acusa, repara a falta enquanto é cedo.
12 Chispa de fogo gera incêndio.
13 Leve alfinetada prepara a infecção.
14 Humildade é caminho.
15 Entendimento é remédio.
16 Perdão é profilaxia.
17 Muitas vezes, loucura e crime, dispersão e calamidade nascem de pequeninos desajustes acalentados.
18 Não hesites rogar desculpas, nem vaciles apagar-te, a favor da concórdia, com aparente desvantagem particular, porquanto, na maioria dos casos de incompreensão, em que nos imaginamos sofrer dores e ser vítimas, os verdadeiros culpados somos nós mesmos.
Emmanuel
[1] Essa mensagem foi publicada originalmente em 1962 pela FEB e é a 6ª lição do
livro “Justiça Divina”