1 Salientamos a necessidade de moderação e equilíbrio, ante os momentos menos felizes dos outros; entretanto, há ocasiões em que as baterias da crítica estão assestadas contra nós.
2 Junto de amigos quanto de opositores, ouvimos objurgatórias e reprimendas e, não raro, tombamos mentalmente em revolta ou depressão.
3 Azedume e abatimento, porém, nada efetuam de construtivo. Em qualquer dificuldade, irritação ou desânimo apenas obscurecem situações ou complicam problemas.
4 Atingidos por acusação e censura, convém estabelecer minucioso autoexame. 5 Articulemos o intervalo preciso, em nossas atividades, a fim de orar e refletir, vasculhando o imo da própria alma.
6 Analisemos, sem a mínima compaixão por nós mesmos, todos os acontecimentos que nos ditam a orientação e a conduta, sopesando fatos e desígnios que motivaram as advertências em lide, com rigorosa sinceridade.
7 Se o foro íntimo nos aponta falhas de nosso lado, tenhamos suficiente coragem a fim de repará-las, seja solicitando desculpas aos ofendidos ou diligenciando meios de sanar os prejuízos de que sejamos causadores. 8 Entanto, se nos identificamos atentos ao dever que a vida nos atribui, se intenção e comportamento nos deixam seguros, quanto ao caminho exato que estamos trilhando em proveito geral e não em exclusivo proveito próprio, saibamos acomodar-nos à paz e à conformidade. 9 E, embora reclamação e tumulto nos cerquem, prossigamos adiante, na execução do trabalho que nos compete, sem desespero e sem mágoa, convencidos de que, acima do conforto de sermos imediatamente compreendidos, vige a tranquilidade da consciência, no cumprimento de nossas obrigações.
Emmanuel
[1] Esta mensagem, com uma palavra de diferença no indicador 1, foi publicada originalmente em 1965 pela FEB no
livro “Estude e viva.”