O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Caminho espírita — Autores diversos


19

Enfermidade

1 Enquanto nos escasseie educação, nos domínios da mente, a enfermidade por mortificação involuntária, desempenhará expressivo papel em nossa vida espiritual.


2 Na maioria das circunstâncias, somos nós quem lhe pede a presença e o concurso, antes da reencarnação, no campo da existência física, à maneira do viajor, encomendando recursos de segurança para a travessia do mar; 3 e, em ocasiões outras, ela constitui auxílio de urgência, promovido pela bondade dos amigos, que se erigem, nas Esferas Superiores, à condição de patronos da nossa libertação para a Vida Maior.


4 À face de semelhante motivo, doenças existem de múltiplas significações, como sejam:
5 inibições trazidas do berço — moléstias amparo, — comboiando votos de melhoria moral;
6 dermatoses recidivantes — moléstias proteção, — coibindo desmantelos do sentimento;
7 mutilações congênitas — moléstias refúgio, — impedindo a queda em atos de violência ou venalidade;
8 incômodos imprevistos — moléstias socorro, — evitando o mergulho da alma em compromissos inferiores;
9 males de longo curso — moléstias abrigo, — obstando enredamento da criatura nas tramas da obsessão.


10 Certamente, ninguém deve acalentar desequilíbrios orgânicos sob a desculpa de buscar a purificação da vida interior.


11 O corpo físico é para a alma encarnada aquilo que a máquina significa à frente do operário, — instrumento de serviço e progresso, que ele recebe de autoridade maior, a fim de produzir, a benefício dos outros e de si próprio, cabendo-lhe a obrigação de assisti-la constantemente e restaurá-la sempre que necessário.


12 Todavia, diante da doença que persiste no corpo, a despeito de todas as medidas acautelatórias e defensivas, é imperioso reconhecer-lhe a função providencial e tratá-la com a certeza de quem carrega consigo a luz de uma bênção.


Emmanuel


Texto extraído da 2ª edição desse livro.

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