O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Caminho espírita — Autores diversos


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Contrassensos n

1 Quando a gota se viu semelhante a uma gema valiosa, na folhagem da primavera, insultou o rio em que se formara: Sai da frente, monstro do chão.


2 Quando o tronco se agigantou diante do firmamento, blasfemou contra a própria raiz: Não me sujes os pés.


3 Quando o vaso passou pela cerâmica em que nascera, gritou, revoltado: Não suporto essa lama.


4 Quando o ouro se ajustou ao palácio, indagou da terra que o produzira: Que fazes aí, barro escuro?


5 Quando a seda brilhou, na pompa da festa, disse à lagarta que lhe dera a existência: Não te conheço, larva mesquinha.


6 Quando a pérola fulgiu, soberana, exigiu da ostra em que se criara: Não te abeires de mim.


7 Quando o arco-íris se reconheceu admirado pelo pintor, acusou o sol de que se fizera: Não me roubes a luz.


8 Copiando esses contrassensos figurados da natureza, o homem insensato, quando erguido ao pedestal do orgulho pelos abusos da inteligência; costuma escarnecer de si próprio, afirmando jactancioso: “A vida é poeira e nada, e Deus é ilusão.”


Emmanuel



[1] Essa mensagem foi publicada originalmente em 1962 pela FEB e é a 74ª lição do livro “Justiça Divina.


Texto extraído da 2ª edição desse livro.

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