1 Auxiliemos os que tombaram em sofrimento!…
2 Deixa que a voz deles te alcance a vida.
Não te presumas tão longe.
3 Frequentemente, o espaço que os distancia não é senão aquele que te separa do lar vizinho.
4 Enquanto nos detemos, pensando nas lágrimas que lhes encharcam as horas, é possível estejam a poucos metros de nós, carregando fadiga e desilusão.
5 Há os que talvez procurem mostrar um sorriso, após remover os sinais de pranto do rosto desfigurado em penúria 6 e os que, não obstante possuírem todos os excessos de uma existência faustosa, acalentam a ideia do suicídio, crendo seja a fuga a única solução para as dificuldades a que se arrojaram imprevidentes.
7 Muitos abraçaram empresas delituosas, adquirindo tormentos de espírito, ao pé de outros tantos que escalaram a barranca da vaidade, despencando em precipícios de treva.
8 Deixa que te visitem o espelho da consciência!…
Vê-los-ás, sentindo-te por baliza de extensa caravana da angústia!…
9 Dói contemplar não somente os adultos algemados à provação, mas também as crianças e jovens espoliados de afeto, que a necessidade, em muitas ocasiões, relega ao espinheiro da enfermidade ou à vala do vício!…
10 Se desfrutas saúde, se tens algum tempo disponível, se possuis influência ou se reténs essa ou aquela sobra da bolsa, colabora para que se reduzam o desespero e a aflição que ainda lavram na Terra!…
11 Não exijas, porém, a alheia gratidão para auxiliar.
12 Ainda mesmo que os necessitados de teu concurso transportem no peito corações empedernidos na sombra do mal, dos quais não te é lícito aproximar, por enquanto, a fim de que não patrocines a irreflexão ou a desordem, ora por eles e ampara-os, de maneira indireta!
13 As mães dos obsessores e dos ingratos, ainda quando desencarnadas, estão vivas!… Elas vibram de esperança e felicidade com os teus gestos de amor e te dirão, em preces de alegria, no silêncio da alma: “Deus te guarde e abençoe!”
Emmanuel