À minha mãe.
1 Quantas cidades vi! Pelas estradas,
Pensava em ti, de caminho em caminho!
Ansiava chegar ao nosso ninho
Para beijar-te, enfim, as mãos cansadas…
2 Voltava ao nosso sítio sem vizinho,
Onde fazia as minhas traquinadas,
Sem esquecer-te as preces de carinho,
Que tenho na memória resguardadas.
3 Tudo passou… O tempo corre e avança.
Apenas teu amor me domina a lembrança…
Teus canteiros de flores, onde estão?
4 Vives no alto Além… Estás, porém, comigo!
Quero rever-te em nosso lar antigo
Na saudade sem fim do coração! n
Antônio Serra
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