1 Senhor,
Dá-me força para seguir adiante, apesar de mim mesmo.
2 Guia-me para a aceitação de meus problemas e dificuldades para que a névoa da ignorância não me deforme a visão.
3 Conserva-me o espírito de surpresa ante o esplendor do sol de cada dia.
4 Não me permitas recear a aspereza e a agressividade dos espinheiros que me oferecem discernimento e auxilia-me a agradecer a beleza e o perfume das flores, sem deixar que me escravizem.
5 Livra-me de olhar para trás, seja para lamentar as pedras que me feriram ou medir os obstáculos transpostos.
6 Não me consintas escutar o louvor daqueles que não te viram em mim, sem saberem quanto peso em teu amor com as minhas imperfeições, nem me conceda ocasião para registrar a censura dos que te esquecem a misericórdia para comigo, desconhecendo a extensão de minhas necessidades.
7 Envia-me, por acréscimo de bondade, companheiros que me tolerem as deficiências e me estimulem os passos para a frente.
8 Faze-me respeitar os amigos que desanimaram, fixando-se em pontos de observação e refazimento, mas não admitas que me deixe influenciar pelo derrotismo a que, porventura, se afeiçoem.
9 Não me largues a mente ou as mãos desocupadas de trabalho e nem me deixes o coração vazio de esperança e de amor. 10 E quando a noite venha sobre a estrada, não permitas que me conturbe à frente das sombras, impelindo-me a reconhecer que o ponto final das trevas será sempre o recomeço de nova luz. n
André Luiz
Reformador — Fevereiro de 1974.
[1] Segundo consta do original, a página foi recebida em reunião pública da Comunhão Espirita Cristã, na noite de 03/10/1973, em Uberaba, Minas Gerais.