1 Alma presa aos grilhões do barro obscuro,
Sofre a imensa tristeza que te invade,
Tecendo as asas da Imortalidade,
Para a ascensão sublime do futuro.
2 Além do chão terrestre áspero e duro,
Brilham jardins de sol na Imensidade
E palácios divinos de ouro e jade,
Emoldurando as glórias do amor puro.
3 Sofre no chavascal, mas luta e avança
Sob a luz da Bondade e da Esperança,
Padecendo e chorando por vivê-las!
4 E, ave subindo às amplidões supremas,
Em breve romperás trevas e algemas,
Para fulgir na pátria das estrelas. n
Cruz e Souza
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