O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Cartas do Evangelho e outros poemas — Casimiro Cunha — 1ª Parte


12

Carta aos empregados

1 Se és, meu amigo, empregado
Daquela ou dessa expressão,
Honra a oficina do esforço,
Manancial de teu pão.


2 Todo lugar de trabalho
É um templo de amor e luz,
É uma escola consagrada
À proteção de Jesus.


3 Quem se dedica ao dever
Não sabe da falsidade,
Que induz ao caminho triste
De incúria e infelicidade.


4 Não faltarão companheiros
De alma obscura e tigrina,
Que te desejem levar
Aos males da indisciplina.


5 Um homem desesperado
Não pode ser teu amigo.
Sê prudente. Tem cuidado.
Toda revolta é um perigo.


6 Sinceridade, humildade
Amor e dedicação,
Aclaram todo caminho,
Resolvem toda questão.


7 As soluções criminosas
Conduzem a dores largas.
Quem vive onde lhe compete
Não tem surpresas amargas.


8 Valores e melhorias?
Não te esqueças, meu irmão,
Do esforço individual
Na esfera da educação.


9 Quem trabalha, quem se educa
Alcança novos conceitos.
Quem salda os seus compromissos
Recebe novos direitos.


10 Leis externas não resolvem
A tua dificuldade.
A bússola no caminho
É a tua boa vontade.


11 Acata os superiores.
A ordem, a hierarquia.
São leis do próprio universo
De equilíbrio e de harmonia.


12 Se te esforças dignamente,
Em quaisquer obrigações,
Teu trabalho é a mais sublime
De todas as orações.


13 Deus sabe de teus serviços,
Pois vive em luz do Senhor
Quem transforma os seus deveres
Em santa escola de amor.


14 Educa-te. A Terra inteira
É como um campo de luz.
Onde patrões e empregados
Têm deveres com Jesus.


Casimiro Cunha


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