1 Meu amigo. Não te esqueças.
Pelo Natal do Senhor
Abre as portas da bondade
Ao chamamento do amor
2 Reparte os bens que puderes
Às luzes da devoção.
Veste os nus
Consola os tristes,
Na festa do coração.
3 Mas não olvides tu mesmo,
No banquete de Jesus,
Segue-Lhe o exemplo divino
De paz, de verdade e luz.
4 Faze um novo compromisso
Na alegria do Natal,
Pois o esforço de si mesmo
É a senda de cada qual.
5 Sofres? Espera e confia.
Não te furtes de lembrar
Que somente a dor do mundo
Nos pode regenerar.
6 Foste traído? Perdoa.
Esquece o mal pelo bem.
Deus é a Suprema Justiça.
Não deves julgar ninguém.
7 Esperas bens neste mundo?
Acalma o teu coração.
Às vezes, ao fim da estrada
Há fel e desilusão.
8 Não tiveste recompensas?
Guarda este ensino de cor:
Ter dons de fazer o bem
É a recompensa melhor.
9 Queres esmolas do Céu?
Não te fartes de saber,
Que o Senhor guarda o quinhão
Que venhas a merecer.
10 Desesperaste? Recorda,
Nas sombras dos dias teus,
Que não puseste a esperança
Nas luzes do amor de Deus.
11 Natal!… Lembrança divina
Sobre o terreno escarcéu…
Conchega-te aos pobrezinhos
Que são eleitos do céu.
12 Mas ouve, irmão! Vai mais longe
Na exaltação do Senhor.
Vê se já tens a humildade —
A seiva eterna do amor.
Casimiro Cunha
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