1 Quando a noite abre o manto, minha filha,
Na fluidez de veludo que há no vento,
Venho sempre afagar-te o pensamento,
Ao luar da saudade que rebrilha…
2 — “Não chores, minha doce maravilha!”
Repito, enquanto, em preces, acalento
Teu peito opresso pelo sofrimento,
Ante o céu constelado de escumilha!…
3 — “Minha princesa” — exclamo — “filha amada,
Não te firam as pedras que há na estrada,
Guarda a tua bondade peregrina!…”
4 E, ouvindo a minha voz amas e esperas
As suaves e santas primaveras
Do Lar Eterno, na União Divina.
Vida
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