1 Os espíritas revivendo a lição de Jesus, na atualidade terrestre, debalde exigirão socorro ao mundo, de vez que reencarnados no mundo, golpeados de provações, foram traduzidos a socorrer.
2 É por isso que havendo obtido mais amplas gratificações de conhecimento superior, mais se lhes pedirá em atitude cristã diante do próximo, tanta vez, mergulhado nas sombras da incompreensão e da insensatez.
3 Imaginemos o símile nos mais apagados lances da atividade cotidiana.
4 Se a semente recusasse o sacrifício no seio da gleba em que aprende a morrer para ressurgir a benefício dos outros, não colheríamos o grão que nos supre o celeiro e se o grão repelisse a mó que o desintegra, a pretexto de conservar-se, não disporíamos do recurso indispensável ao pão que nos alimenta.
5 Necessário entender que não somos chamados a receber o concurso alheio, mas sim a doar de nós próprios em solidariedade incansável, aprendendo na escola da renúncia a exercer o serviço incessante, o perdão incondicional, a cooperação sem barreiras e a bondade sem lindes.
6 No lar, na profissão, nos templos da fé, na intimidade ou na via pública, somos convidados ao bem que Jesus testemunhou, a fim de que a nossa diretriz, a expressar-se no exemplo, projete-se nas mentes que nos rodeiam, induzindo-as à renovação.
7 Não olvidemos que, tanto quanto possível, ao invés de rogarmos auxílio, antes de tudo devemos auxiliar, na certeza de que, se a nossa palavra elucida e reanima, somente a nossa atitude positiva na prática dos princípios que propagamos será bastante forte para reformar-nos.
8 Urge reconhecer que somente a criatura em sincero reajustamento será capaz de reajustar, redimindo-se para redimir e aperfeiçoar-se para aperfeiçoar, a desfazer-se dos grilhões da ignorância para assimilar, em definitivo, a própria libertação através de nova luz.
Emmanuel