1 Quanto possível, esforça-te — mas esforça-te de verdade — para viver em harmonia com os parentes que te pareçam menos afinados com os teus pontos de vista.
2 No Plano Físico, não nos achamos vinculados com alguém, nos laços da consanguinidade, sem justa razão de ser.
3 Aqueles que alimentam ódio e aversão, quando desejosos de melhoria, são induzidos por Benfeitores da Vida Sublimada, a se reencarnarem juntos, a fim de apagarem as labaredas de discórdia que lhes atormentam a vida íntima, através de provações atravessáveis em comum.
4 Se os propósitos desse ou daquele familiar te parecem claramente opostos aos ideais superiores que abraças, abençoa-o com os teus melhores pensamentos e não lhe barres os passos no caminho das experiências que se lhe fazem precisas.
5 Não desprezes teus pais ou teus filhos por serem desorientados ou doentes, porque talvez tenhas sido, em existências já transcorridas, a causa direta ou indireta dos desequilíbrios ou enfermidades que patenteiam.
6 Em muitas ocasiões, terás renascido em consanguinidade com parentes rudes e, às vezes, cruéis, unicamente por amor a eles, de modo a auxiliá-los na transformação necessária, com as tuas demonstrações de tolerância e paciência, devotamento e humildade.
7 Se depois de sacrifícios inumeráveis em favor de parentes determinados — e isso acontece frequentemente entre pais e filhos — notas, no íntimo, que a tua consciência se reconhece plenamente quitada para com eles, sem que esses mesmos familiares, após longo tempo de convivência, demonstrem o mínimo sinal de renovação para o bem, deixa que sigam a estrada que melhor se lhes adapte ao modo de ser, porque as Leis da Vida não te obrigam a morrer, pouco a pouco, a pretexto de auxiliar aos que te recusam o amor.
8 Uma criança terna e inesquecível que retorna ao Mais Além, nos primeiros tempos da infância, quase sempre é um coração profundamente dedicado ao teu progresso espiritual que apenas regressou ao teu convívio doméstico, a fim de acordar-te, para as realidades da alma, através da saudade e da afeição.
9 Se não tens a devida força para carregar os compromissos que assumes diante de uma pessoa, com quem partilhaste as alegrias do sentimento, nunca abandones a criança ou as crianças que houverem nascido de semelhante união.
10 Educa ou reeduca os pequeninos sob a tua responsabilidade enquanto na infância tenra, facilmente amoldável aos teus princípios de natureza superior, mas diante dos familiares erguidos à condição de adultos, respeita-lhes a liberdade de caminhar no mundo conforme as suas próprias escolhas, porque nem todos conseguem trilhar o mesmo caminho para a união com Deus.
Emmanuel