1 Desapareceram documentos e objetos de valor que talvez te abastecessem de recursos materiais para muito tempo.
2 Perdeste a oportunidade de garantir uma pensão sólida nos dias do futuro em que teu corpo talvez, não mais te auxiliasse a trabalhar pela própria manutenção, unicamente em face da desatenção de alguém ou porque a memória não te auxiliasse a recordar minudências alusivas ao assunto.
3 Não te permitas destrambelhar o pensamento por isso. Possivelmente amigos espirituais, zelosos e atentos, te houvessem auxiliado a perder essas vantagens em teu próprio benefício.
4 Indaga de ti, se estarias efetivamente em condições de trabalhar, caso estivesses com a vida escorada no dinheiro excessivo.
5 Medita na situação dos parentes aos quais talvez o excesso de recursos financeiros afastasse da obrigação de servir, com a agravante de induzi-los aos perigos da ociosidade dourada.
6 Recorda aqueles a quem a despreparação para conservar o dinheiro e administrá-lo situou em ruinosa segregação ante o medo de perder a suposta superioridade em que passariam a viver.
7 Pensa nos avanços indébitos da inveja e do despeito sobre os teus dias, por parte daqueles que ainda não aprenderam a respeitar a vida dos semelhantes, caso mantivesses a fortuna fora da circulação e do trabalho, sem utilidade para ninguém.
8 Lembra as discórdias e demandas de testamentos e inventários, promovidos por teus próprios descendentes, na hipótese da tua morte inesperada, ante os bens materiais que, porventura, deixasses sem justa e proveitosa destinação.
9 Aceita a vida laboriosa que Deus te concedeu, reconhecendo que a fortuna estará em tuas mãos quando souberes dirigi-la, sem permitir que ela te escravize.
Emmanuel